Introdução: A gestação é um momento que implica em uma série de mudanças físicas, psíquicas, emocionais e sociais na vida da mulher, a um passo que muitos são os aspectos que influenciam no aparecimento de intercorrências perinatais. As situações que estão principalmente associadas a esses resultados são os indicadores sociodemográficos. Objetivo: identificar o perfil sociodemográfico e obstétricos de puérperas atendidas em um hospital/maternidade de alto risco na cidade do Recife, Pernambuco. Métodos: Estudo descritivo e transversal, realizado de julho a setembro de 2021, amostra de 235 puérperas. A coleta de dados ocorreu por meio de formulário de entrevista semiestruturada. Analisou-se as seguintes variáveis: idade materna, estado civil, grau de escolaridade, ocupação, número de gravidezes e número de filhos vivos. O presente estudo seguiu as normas estabelecidas pela Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: idade materna predominou a faixa de 20 a 29 anos 120 (51,1%). Quanto a situação conjugal 199(84,7%) tinham parceiro fixo. Sobre a escolaridade 123 (52,6%) tinham ensino médio completo/incompleto. Na ocupação 129 (54,9%) não trabalhava. Em relação as variáveis obstétricas das puérperas entrevistadas, 189(80,4%) tinham engravidado 1 a 3 vezes, quanto ao número de filhos vivos 202 (86,0%) apresentavam de 1 a 3 filhos. Conclusões: a idade da mulher influencia durante todo o período gestacional e na sobrevivência do recém-nascido. O baixo nível de escolaridade dificulta no entendimento do processo de educação em saúde. O estado civil e a ocupação influência no processo de aceitação da gestação. A multiparidade está associada a falta de planejamento reprodutivo e expõe a mulher e o recém-nascido a riscos como depressão pós-parto, parto operatório, parto prematuro e o baixo peso ao nascer.