Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
EVOLUÇÃO TEMPORAL DA SÍFILIS CONGÊNITA NO PIAUÍ ENTRE 2016 E 2020
Relatoria:
AUGUSTO CEZAR ANTUNES DE ARAUJO FILHO
Autores:
- Antonio Kassio de Oliveira
- Iago de Sousa Fernandes
- Luan Wesley Marques Máximo
- Maria Eduarda Constâncio da Silva
- Maria Luzinete Rodrigues da Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença infecciosa ocasionada por uma bactéria, a qual é transmitida, principalmente, pelo contato sexual, e apresenta diversas manifestações clínicas. A sífilis congênita, por sua vez, ocorre por meio da transmissão, frequentemente, via transplacentária, ou, ainda, durante o parto. Torna-se importante salientar que a maioria das gestações, com mães portadoras de sífilis, resultam em desfechos desfavoráveis ao bebê, como prematuridade, baixo peso ao nascer, morte fetal e neonatal. OBJETIVO: Analisar os casos confirmados de sífilis congênita entre os anos de 2016 e 2020, no Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado por meio de dados secundários, extraídos do site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, os quais estão disponíveis de forma online e gratuita. A população foi composta por todos os casos notificados e confirmados de sífilis congênita, no Piauí, nos anos de 2016 a 2020. Os dados foram analisados por meio de análise descritiva (frequência absoluta e relativa). Destaca-se que este estudo não foi submetido ao sistema CEP/CONEP, por utilizar dados secundários, os quais não identificam os indivíduos. RESULTADOS: Durante o período analisado foram notificados 1949 casos confirmados de sífilis congênita no Piauí. Embora tenha havido flutuações no período, verificou-se que houve redução entre 2016 e 2020, tendo em vista que em 2016 foram notificados 377 casos (19,3%) e, em 2020, 244 (12,5%). O ano de 2018 foi o que mais apresentou casos confirmados, com 499 (25,6%). Dos 1949 casos, 1677 (86,0%) haviam realizado pré-natal, e, desses, apenas 939 (56,0%) tiveram a sífilis diagnosticada durante este período. Quanto à evolução dos casos, observou-se que a maioria dos recém-nascidos evoluiu com vida, 1728 (88,7%), e 31 (1,6%) foram a óbito pela doença. CONCLUSÃO: Observa-se que a sífilis congênita ainda apresenta muitos casos notificados no Piauí, e isso evidencia a necessidade de capacitação da equipe da Atenção Primária à Saúde a fim de rastrear de maneira precoce as gestantes com sífilis, bem como realizar o tratamento da gestante e do parceiro, com a finalidade de minimizar o número de casos. O enfermeiro possui papel fundamental nesse contexto, uma vez que se configura como um dos principais profissionais que atua na Atenção Primária à Saúde e atua, sobretudo, na promoção da saúde e na prevenção de doenças e agravos.