Durante a pandemia de COVID-19, diversos profissionais de saúde estiveram na linha de frente atuando em diversos níveis do serviço de saúde, sobretudo em unidades de internação dos casos graves e unidades básicas de saúde tal como clínicas de Saúde. Não foi diferente com as enfermeiras residentes em Saúde Coletiva (RESC) da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Durante seu processo de capacitação em serviço tiveram a oportunidade de colaborar com o Sistema Único de Saúde (SUS) no atendimento a população no controle da COVID-19. O objetivo deste relato é apresentar experiências exitosas da interação da academia com o serviço por meio da atuação dos RESC da UFF na pandemia do COVID-19. Trata-se de um relato de experiência acerca da atuação das enfermeiras residentes em Saúde Coletiva da UFF durante os anos de 2020 a 2022, período crítico da pandemia de COVID-19. Dentre os programas de pós graduação, os programas residência ocupam papel de destaque quando o assunto é a aplicação do processo de ensino/pesquisa e sua interação o serviço. No campo da Saúde Coletiva, os residentes são capacitados a serem agentes transformadores do perfil sanitário de da população, sendo estes os responsáveis pela avaliação, planejamento e promoção de ações que objetivem a saúde da população. Anualmente são selecionados dez residentes por meio de seleção pública, os quais cumprem uma carga horária de 5760 horas no período de dois anos, sendo 80% prática. Durante o curso são desenvolvidas atividades voltadas a capacitação de enfermeiros para atuação no SUS, o que contribuí para a consolidação do sistema em nível municipal, estadual e federal. Durante os anos de 2020 e 2022 as residentes atuaram em ações de controle da COVID-19 nas mais diversas áreas de atuação do programa, tais como serviços de atenção primária em saúde e setores de vigilância epidemiológica dos municípios de Niterói e Rio de Janeiro e na Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, cenários de prática do RESC. O fato de serem profissionais ligados a universidade fez com que tivessem um olhar diferenciado para o processo de avaliação e controle das ações executadas no serviço, juntamente com seus preceptores. Desta forma é importante salientar a importância de sempre incentivar a aproximação entre as instituições de ensino e prática no serviço, integrando as atividades de pesquisa e assistência, o que resulta em benefícios para a Saúde Coletiva.