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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
DIVERSIDADE DE GÊNERO E ACOLHIMENTO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Beatriz Cristina de Oliveira Rocha
Autores:
  • Isabelle Vieira Silva de Souza
  • Victórya da Costa Barreto Pinto Pires
  • Virginia Fernanda Januario
  • Elizabeth Carla Vasconcelos Barbosa
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A Atenção Básica corresponde à principal porta de entrada no sistema de saúde e é a responsável pela organização do cuidado integral. Em 2011, o Ministério da Saúde apresentou a Política de Atenção à Saúde Integral da População LGBT, cuja operacionalização cabe aos gestores das Unidades Básicas de Saúde (UBS), que devem oferecer um atendimento resolutivo frente às demandas específicas desse grupo populacional, promovendo melhor acolhimento, atendimento integral, humanizado e constante. No cotidiano de aprendizagem na UBS de um Município do Estado do Rio de Janeiro foi possível observar o quão imprescindível é que esse acolhimento tenha início ainda no ambiente da recepção. Assim, buscou-se identificar como as profissionais da recepção atuam junto à população LGBTQIA+ e o que sabem o tema. Objetivo: Relatar a experiência de estudantes de enfermagem de uma Universidade Pública na abordagem a trabalhadores da recepção de uma UBS sobre diversidade de gênero e acolhimento da população LGBTQIA+. Métodos: De abril a junho de 2022, um projeto de intervenção, baseado no Plano Estratégico Situacional de Carlos Matus, foi elaborado. Participação ativa nos atendimentos, rodas de conversa e dinâmica de grupo foram utilizadas para abordar as profissionais em torno do tema. Resultados: No decorrer dos encontros na UBS, ficou evidente o déficit no conhecimento das profissionais da recepção e de outros acerca do tema LGBTQIA+. Em resposta, foi organizada atividade coletiva, congruente à Política, com uso de metodologia ativa. Participaram a gerente da Unidade, 2 recepcionistas e 1 agente comunitária. Na dinâmica, foram sorteados termos inerentes à comunidade LGBTQIA+ e, à medida em que surgiram lacunas, o tema foi discutido. Foi oferecido coffee break a fim de criar descontração e maior segurança para a equipe. Havia dúvidas sobre terminologias e formas de acolhimento ao público LGBTQIA+. Os estudantes puderam intervir, refutando preconceitos e ampliando o conhecimento através do debate. Um folder explicativo com o conteúdo, nomenclaturas e regulamentação do nome social foi oferecido, com objetivo de consolidar a discussão e instrumentalizar o trabalho na UBS, especialmente na recepção. Conclusão: Observou-se a importância do debate sobre o tema nas UBS. Os resultados esperados foram alcançados. Houve retorno positivo da instituição. A Política à Saúde Integral da População LGBT foi salientada e reforçada.