Os serviços de urgência se constituem como sendo um ambiente desafiador, em decorrência de fatores como a elevada rotatividade de pacientes, a necessidade de tomada de decisão rápida e precisa, a falta de controle e a sobrecarga dos profissionais envolvidos. Sabendo disso, é importante conhecer todos os aspectos, tanto positivos quanto negativos, para minimizar erros e tornar o ambiente de trabalho seguro. O objetivo deste trabalho se constitui em identificar na literatura os desafios da segurança organizacional nos serviços de urgência e emergência. Realizou-se uma revisão integrativa, utilizando descritores que abordassem o tema proposto, em bases de dados como SciELo, Lilacs, Medline, publicados nos últimos 5 anos, na língua portuguesa e que estivessem disponíveis na íntegra. Após leitura de títulos, resumos e aplicação de critérios de exclusão, foram selecionados 15 artigos, sendo: 07 da Scielo, 05 da Lilacs e 03 da medline. Pode-se perceber com a leitura dos mesmos que existe uma fragilidade na verificação dos processos de segurança que visem melhorar a qualidade do sistema de saúde, isso pode ser evidenciado através de ambientes inadequados, da desorganização dos serviços e da ausência de rotinas e protocolos, sendo essencial uma revisão das condições de trabalho e estratégias capazes de implementar essas recomendações. Além disso é primordial um trabalho em equipe, especializado, rápido e eficiente, tendo em vista a alta demanda desses serviços, a escassez de recursos e a redução de recursos humanos. É de fundamental importância a adoção de uma cultura de segurança educativa e não punitiva, capaz de reduzir os eventos adversos e melhorar a qualidade do cuidado. Tais ações se constituem como essenciais para melhorar os processos de trabalho, minimizar erros, custos e tempo de permanência no serviço, bem como reduzir a insatisfação do paciente. Torna-se evidente o quanto é imprescindível que em ambientes de urgência e emergência seja implementada a cultura de segurança do paciente, pela necessidade de uma assistência à saúde efetiva e livre de danos. Para isso, deve-se ter em mente a necessidade de adequação e organização do ambiente, além do uso de rotinas e protocolos. Essas ações se configuram como essenciais na qualidade do cuidado ofertado em um ambiente de assistência crítica e precisa, como é o caso da urgência e da emergência.