INTRODUÇÃO: Nos últimos anos vem ocorrendo um aumento no número de casos de sífilis na gestação. Em 2018, foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), um total de 62.599 casos de sífilis gestacional no Brasil. OBJETIVO: Identificar o perfil epidemiológico da sífilis em gestantes no município de São Luís, Maranhão durante o período de 2019 a 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo do tipo transversal com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados na base online do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e são referentes ao perfil epidemiológico de gestantes diagnosticadas com sífilis no município de São Luís – Maranhão, entre os anos de 2019 a 2021. A coleta de dados ocorreu em junho de 2022. Foram pesquisadas as variáveis: idade, escolaridade, raça/cor e classificação clínica da doença. Os dados foram tabulados utilizando o Programa Microsoft Office Excel 2013. RESULTADOS: Foram notificados no período investigado um total de 974 casos de sífilis na gestação no município de São Luís. Observou-se que a maioria das mulheres analisadas, o equivalente a 78% (766) possuíam faixa etária entre 20 a 39 anos. No que diz respeito ao grau de escolaridade, 48% (467) concluíram o ensino médio. Quanto à variável raça/cor, constatou-se que 80% (782) das gestantes se autodeclararam pardas. Em relação à classificação clínica da doença, verificou-se o predomínio de casos de sífilis primária, 48% (472). CONCLUSÃO: Diante dos achados deste estudo, constatou-se a importância da realização do pré-natal na gestação para o correto diagnóstico e tratamento da sífilis e prevenção da transmissão vertical da doença. Neste contexto, a enfermagem exerce um importante papel por meio da criação e implementação de medidas de promoção à saúde materno-infantil visando melhorar o atual cenário epidemiológico do país.