INTRODUÇÃO: O Planejamento Familiar (PF) estabelece-se como garantia de atenção à saúde integral ao sujeito. Para que tal finalidade seja alcançada, o Sistema Único de Saúde (SUS), em todos os seus níveis de assistência, deve possibilitar métodos de informação e educação, assim como procedimentos especializados, como técnicas de concepção e contracepção, que ofereçam liberdade de escolha no que tange o direito de deliberar quanto à fecundidade e à saúde reprodutiva. OBJETIVO: Relatar a experiência de residentes de enfermagem no programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher e da Criança vinculado à Universidade Federal do Pará, em uma roda de conversa que tratará acerca de orientações sobre o Planejamento Familiar com mães de crianças internas na enfermaria pediátrica em um hospital de alta complexidade localizado na região Atlântico-Caeté. METODOLOGIA: Diante das observações e atendimentos foram identificadas algumas demandas, entre estas, a falta de informações sobre as questões que norteiam o Planejamento Familiar (PF) como, por exemplo, o comum desconhecimento sobre alguns métodos contraceptivos. Então, a partir deste cenário, a Equipe de Residentes planejou uma roda de conversa com a finalidade de informar sobre a Lei que regulamenta o PF, assim como o conjunto de ações que estão intrínsecas a isso. O público-alvo foram as mães que estavam acompanhando seus (suas) filhos (as) durante o período de internação hospitalar. O diálogo reuniu em torno de dez pessoas, contando com a presença dos profissionais, mães e responsáveis que ali estavam. Foi abordado sobre o direito de escolha, relacionando àquele indivíduo que quer ter filhos, e aqueles que não querem ter e buscam métodos e técnicas para isso. Ademais, ressaltou a importância de relacionar o PF e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST's), além de orientações quanto a disponibilidade de insumos para saúde sexual e reprodutiva das mulheres nos serviços de saúde. RESULTADOS: A experiência possibilitou a troca de informações, a escuta de alguns relatos de vivências das mães ali presentes e a construção de uma relação de confiança, pois, a partir disso, as mesmas sentiram-se confortáveis em tirar outras dúvidas sobre tal assunto. CONCLUSÃO: Portanto, a atividade permitiu a promoção de um diálogo partindo das necessidades identificadas por esses usuários. Além disso, contribuiu para a formação acadêmica, pois os objetivos foram alcançados a partir da ação conjunta.