Introdução: No contexto da pandemia de COVID-19, o grupo social dos idosos se viu em uma posição extremamente vulnerável em relação à manutenção de sua saúde integral, no que tange o estabelecimento de uma rotina social, junto com o acompanhamento de saúde, de fundamental importância para a qualidade de vida do idoso. Objetivos: Analisar a qualidade de vida de idosos ativos no contexto da pandemia de COVID-19. Metodologia: O acompanhamento de saúde dos idosos foi realizado por meio de Teleconsulta de Enfermagem. A população de estudo foi composta por idosos de um centro de convivência localizado em um Hospital Universitário do Rio de Janeiro, e as ligações ocorreram durante o período de Novembro de 2021 a Fevereiro de 2022. Foram realizadas perguntas de cunho sociodemográfico, após, perguntas a respeito da cognição do idoso e por fim foi utilizado o instrumento WHOQOL-OLD, um instrumento transcultural de avaliação de qualidade de vida em idosos. O instrumento é constituído de 24 perguntas divididas em seis domínios, que são: “Funcionamento do sensório” (FS), “Autonomia” (AUT), “Atividades Passadas, Presentes e Futuras” (PPF), “Participação Social” (PSO), “Morte e Morrer” (MEM) e “Intimidade” (INT); podendo as respostas oscilar de 4 a 20. Basicamente, escores altos representam uma alta qualidade de vida, escores baixos representam uma baixa qualidade de vida. Resultados: Foram realizadas teleconsultas de Enfermagem para 61 idosos, dentre eles, todos acima dos 60 anos, na faixa etária de 64-93 anos. A grande maioria dos idosos consultados era do gênero feminino (88,5% - 54), 34,4% (21) moram sozinhos, enquanto outros 26,2% (16) moram com seus cônjuges. Por meio do instrumento WHOQOL-OLD e em relação ao score total, os resultados relativos a qualidade de vida poderiam variar entre: 1-2,9 (necessita melhorar), 3-3,9 (regular), 4-4,9 (boa) e 5 (muito boa). A média de pontos para esse teste foi de 3,76 pontos (média aritmética) sendo 3 o menor resultado e 4,79 o maior resultado. Os idosos apresentaram um score significantemente baixo no domínio “Intimidade”, e regular nos domínios “Autonomia”, “Participação Social” e “Morte e Morrer”. Conclusão: A qualidade de vida dos idosos, em situação de isolamento social devido ao contexto da pandemia de COVID-19, encontra-se baixa, se tratando de idosos ativos e frequentadores de grupos de convivência. Sendo assim, o estudo denota o impacto e as repercussões da pandemia para a saúde integral dos idosos.