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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
Saúde da Mulher Indígena e sua Cultura Aplicada aos Cuidados de Enfermagem
Relatoria:
Nathalia Silvério Cavalcante
Autores:
  • Amanda Barbosa Cavalcanti
  • Stefany da Silva Doroteu
  • Tainah Lopes de Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A desvalorização da cultura dos povos originários é uma realidade no contexto dos serviços de saúde do Brasil. Vê-se uma priorização do modelo de saúde biomédico nos atendimentos assistenciais levando em conta o ser biológico e consequentemente descaracterizando a sua realidade cultural (OLIVEIRA; BATISTA, 2020). Objetivos: Evidenciar a importância dos cuidados de enfermagem pautados na valorização cultural da mulher indígena. Metodologia: O presente artigo trata-se de uma revisão integrativa. A revisão orientou-se pela seguinte pergunta norteadora: “Como a enfermagem pode atuar na saúde da mulher indígena levando em consideração sua cultura?”, utilizando os descritores “cultura indígena”, “enfermagem” e “saúde indígena” em língua portuguesa dos últimos 7 anos na plataforma PubMed e periódicos dispostos em anais de eventos acadêmicos chegando-se ao final de 3 artigos trabalhados. Resultados e Discussão: Desde o início do processo de colonização do território brasileiro, as mulheres indígenas têm sua cultura e tradições desapropriadas, ficando vulneráveis na ausência dos significados à sua cultura. Em contrapartida, nota-se grande tentativa de subversão – quando não extinção – imposta por outras formas de organização social, como Estados neoliberais, que não levam em consideração a maneira tradicional em que estes povos se desenvolvem. Nesse contexto, muitos serviços de saúde não proporcionam a esse público um atendimento pautado nas especificidades culturais e tão pouco pelo que a identidade feminina apresenta, suprimindo-as e fazendo com que tenham dificuldade para a adesão ao tratamento, e não participem de forma ativa de seu próprio processo de saúde e doença. Portanto, torna-se importante a perceptiva intercultural como forma central quando trata-se do cuidar de mulheres indígenas, valorizando não somente a ciência e os procedimentos técnicos, mas também a avaliação holística, propiciando uma escuta terapêutica, entendendo o contexto social e cultural em que ela está inserida. Conclusão: Desse modo, é buscando conhecer os saberes próprios e a herança cultural de cada mulher indígena que haverá uma simetria do diálogo entre o profissional enfermeiro e a paciente, o que concerne em um sucesso terapêutico e uma enfermagem humanizada.