INTRODUÇÃO: Mesmo com a existência de recomendações de diversas organizações nacionais e internacionais sobre a COVID-19, o estabelecimento de protocolos específicos a cada tipo de serviço tem se mostrado uma estratégia eficiente para diminuir a disseminação do vírus. Entre os serviços de saúde que precisaram se adaptar as novas necessidades de cuidados de biossegurança, as unidades neonatais também enfrentam o desafio de manejar e assistir os casos suspeitos e/ou confirmados e os não confirmados de COVID-19. OBJETIVO: Mapear o que a literatura diz sobre a assistência em saúde aos casos suspeitos e/ou confirmados de infecção por COVID-19 em unidades neonatais. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de escopo realizada entre os meses de dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Utilizou-se as recomendações do PRISMA-ScR e protocolo JBI para scoping review. A raiz da estratégia de busca foi adaptada e traduzida de acordo com o vocabulário adotado em cada base de dados (a saber Descritores em Ciências da Saúde-DeCS, Medical Subject Headings-MeSH Terms, Emtree, Palavras-chave e Termos CINAHAL) aplicada nas bases de dados Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE); SCOPUS; Web of Science; ScienceDirect, JBI Database of Systematic Reviews and Implementation Reports (JBISRIR), Cochrane Database of Systematic Reviews; Embase. Incluíram-se artigos originais que tiveram como população alvo casos neonatais suspeitos ou confirmados de infecção por COVID-19 que receberam assistência em serviços de saúde. RESULTADOS: Incluiu-se 19 artigos. As principais recomendações identificadas foram: uso de EPIs pelos profissionais de saúde, triagem e separação de pacientes suspeitos/confirmados e pacientes não infectados, testagem do RN, manutenção do binômio mãe-bebê juntos caso as condições clínicas sejam favoráveis, incentivo ao aleitamento materno, restrição do trânsito de pessoas, orientações a mãe sobre precauções e a alta do RN depende exclusivamente de sua estabilidade clínica. CONCLUSÃO: As principais condutas para garantir a biossegurança do RN e do profissional são o uso de EPIs, isolamento e restrição de pessoas no ambiente, porém, ainda se recomenda que o binômio mãe-bebê seja mantido em conjunto, quando possível.