O objetivo desse estudo foi determinar a prevalência de lesão por pressão decorrentes do posicionamento cirúrgico. Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa, realizado na Santa Casa de Caridade de Diamantina, hospital de médio porte, referência macrorregional de média e alta complexidade, atendendo a sede e mais de 30 municípios do Vale do Jequitinhonha. Para a coleta de dados foi aplicado um instrumento composto por variáveis sociodemográficas, clínicas e cirúrgicas dos pacientes, incluindo a Escala de Avaliação de Risco para o Desenvolvimento de Lesões decorrentes do Posicionamento Cirúrgico do Paciente (ELPO). A escala é constituída de sete variáveis: tipo de posição cirúrgica, tempo de cirurgia, tipo de anestesia, superfície de suporte, posição dos membros, comorbidades e idade do paciente. Sua pontuação mínima são de sete pontos e a máxima, 35 pontos. Quanto maior o escore, maior o risco para desenvolver lesões. Foi realizada análise descritiva, utilizando frequências absoluta e relativa e medidas de tendência central. Foram acompanhados 84 pacientes, submetidos principalmente à cirurgias que envolve o trato gastrointestinal, a maioria do sexo feminino, com média de 47 anos de idade. A prevalência de lesão por pressão decorrentes do posicionamento cirúrgico foi de 12,6%. A pontuação média do score da escala ELPO foi de 16,3 pontos, com mínimo de 10 e máximo de 27 pontos e maioria apresentou-se com baixo risco (70,9%). Conclui-se que a maioria dos participantes apresentou baixo risco para desenvolvimento de lesão perioperatória por posicionamento cirúrgico. A Escala de Avaliação de Risco para Desenvolvimento de Lesões Decorrentes do Posicionamento Cirúrgico possibilita identificar risco de lesão precocemente, subsidiando a adoção de estratégias preventivas para assegurar a qualidade do cuidado perioperatório.