Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
COVID-19: Um intensificador no desenvolvimento da Síndrome de Burnout nos profissionais de enfermagem
Relatoria:
Thaynara Pinheiro Araújo
Autores:
- Sandra Regina Matos da Silva
- Angela Nascimento da Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A COVID-19 não apenas causou inúmeras vítimas fatais, mas também trouxe danos em termos de carga psicológica, sendo um destes a Síndrome de Burnout que é uma síndrome ocupacional crônica, e está ligada diretamente ao trabalho, acometendo principalmente profissionais que possuem contato direto com o público, destacando a enfermagem, em especial o setor de terapia intensiva que é considerado o mais exaustivo. OBJETIVO: Analisar a pandemia de COVID-19 como um fator desencadeador na pré-disposição da Síndrome de Burnout nos profissionais de enfermagem da terapia intensiva. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo exploratório com abordagem quantitativa. O instrumento utilizado para avaliar os níveis de Burnout foi o Copenhagen Burnout Inventory (CBI), além disso, foi utilizando variáveis estatísticas (média, desvio padrão, alfa de Cronbach e correlação de Pearson). A pesquisa foi realizada com 21 profissionais de enfermagem da UTI. Os dados foram recolhidos e processados no Excel e no programa estatístico IBM SPSS Statistics v. 26. RESULTADOS Foi possível constatar que os profissionais de enfermagem da UTI apresentavam níveis altos para Burnout. E identificado na subescala de Burnout Pessoal um percentual de 19,05% profissionais com níveis altos e 71,43% apresentando níveis moderados. Na subescala de burnout relacionado ao trabalho, 52,30% com níveis moderados e 9,52% com níveis altos. E na subescala de Burnout relacionado ao paciente os níveis altos foram identificados em 4,76%, os moderados em 52,38%. A maioria dos sintomas psicopatológicos que surgiram ao analisar as subescalas relacionadas ao trabalho e ao paciente, estariam associados à necessidade de lidar com as urgências da COVID-19, o que pode ser relacionado a maior prevalência dos casos moderados na UTI, visto que neste setor os profissionais vivenciaram com maior afinco as situações de urgência. CONCLUSÃO: Este estudo apresentou resultados extremamente relevantes para compreensão e desfecho do Burnout nos profissionais de enfermagem da UTI dentro do período pandêmico. Evidenciou também, a prevalência de níveis altos de moderados e constatou que a UTI é um ambiente que dispõe de um maior risco para estresse e consequente para a Síndrome de Burnout, e que a COVID-19 é um fator intensificador do Burnout nos profissionais de enfermagem. Tornando-se importante a criação de políticas públicas de saúde voltadas para prevenção e cuidado com esses profissionais.