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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID-19 NO RASTREAMENTO DO CANCÊR DE MAMA NO BRASIL: ESTUDO DESCRITIVO
Relatoria:
Erika Cristina Gomes de Freitas
Autores:
  • Maria Larissa Felix de Queiroz
  • Lia Guedes Bravo
  • Marcela Maria de Melo Perdigão
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer na população feminina brasileira, representando um grande problema de saúde pública. No Brasil, mostrou um comportamento expressivo de crescimento, em relação ao número de mamografias realizadas e ao seu diagnóstico, entre 2015 e 2020. Entretanto, durante a pandemia da COVID-19, observou-se queda significativa nesses números. Atrasos no diagnóstico e tratamentos tardios, como cirurgia, quimioterapia antineoplásica ou radioterapia, são capazes de influenciar nos prognósticos, tornando-os menos favoráveis para as mulheres com câncer de mama. No Brasil, o exame preconizado para rastreamento do câncer de mama é a mamografia. OBJETIVO: Investigar o impacto da pandemia da COVID-19 no rastreamento do câncer de mama. MÉTODOS: Estudo descritivo com consulta na base de dados DATASUS. Referente ao período de 2014 a 2022, foram coletados dados por regiões do Brasil acerca do número de mamografias bilaterais para o rastreamento de câncer de mama. RESULTADOS: Observou-se que no período pré-pandemia, de 2014 a 2019, já era possível identificar uma queda na busca por mamografias no Brasil, estando atrelada a diversos fatores, como a presença de vulnerabilidade em grupos populacionais, o que impacta na falta de informação sobre o exame, bem como no acesso aos serviços de saúde, agravado pela má distribuição do número de mamógrafos pelo país. O grande impacto da pandemia, por sua vez, pode ser observado quando comparadas as taxas de 2019 (3.811.460,00) e 2020 (2.245.599,00), em uma redução de aproximadamente 41%. Em 2021 houve um aumento significativo nas mamografias realizadas, se comparado com o ano anterior (38,9%), com 3.118.352,00 exames realizados, entretanto os números permanecem abaixo da média do intervalo pré-pandemia. CONCLUSÕES: Conclui-se, portanto, que a pandemia da COVID-19 e o período de isolamento social acentuaram o quadro de redução do rastreio de câncer de mama que já vinha ocorrendo no Brasil, cenário capaz de gerar impactos negativos e afetar o diagnóstico precoce de muitas mulheres, aumentando as chances de um tratamento mais complexo e duradouro, com possíveis repercussões na letalidade da doença.