INTRODUÇÃO: A gestação de alto risco está associada ao aumento da morbidade e mortalidade materna e fetal. O conhecimento do perfil clínico-epidemiológico de gestantes de alto risco da área de abrangência de um serviço de saúde contribui para a definição de ações voltadas à atenção das gestantes da região. OBJETIVO: Descrever o perfil e os resultados perinatais das gestantes de alto risco atendidas em uma maternidade pública do estado do Maranhão. METODOLOGIA: Trata-se de estudo clínico-epidemiológico de caráter transversal, descritivo e quantitativo, a análise foi realizada em prontuários de gestantes de alto risco atendidas na Maternidade Humberto Coutinho de Colinas-MA. Foram analisados 195 prontuários de janeiro- dezembro de 2020. Incluiu-se participantes com condições clínicas de alto risco e residentes em Colinas-MA. Prontuários incompletos e pacientes que tiveram o parto em outro centro de atendimento foram excluídos. As varáveis analisadas foram: condições sociodemográficas, histórico clínico, condições pré-existentes, doenças da gestação atual e resultados perinatais. Os dados foram tabulados e analisados no Microsoft Excel. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Maranhão sob Parecer nº4743322. RESULTADOS: A amostra demonstrou que 91,28% das participantes são pardas e 84,11% possuem de 16 a 35 anos. Dentro do histórico clínico a condição mais expressiva foi as síndromes hemorrágicas com 25,60%. As condições pré-existentes de maior destaque na amostra foi hipertensão pré-existente, doenças infeciosas e hemopatias com 16,8%. A adesão ao pré-natal foi de 99%, embora tenha sido observado uma baixa frequência, já que 41% destas realizaram menos que 6 consultas. As doenças da gestação atual foram: trabalho de parto prolongado ou prematuro com 20%, oligodrâmnio ou polidrâmnio com 18,97%, pré-eclâmpsia ou eclâmpsia 13,33% e aminiorrex prematura 5,65%. Os resultados perinatais foram positivos, sendo que 93,2% foram identificados com apgar>7 e 91,8% >2,500kg. CONCLUSÃO: Dessa forma, foi possível conhecer as condições mais representativas ligadas ao risco gestacional, assim como também aquelas que contribuem indiretamente para sua existência, como a baixa frequência das consultas ao pré-natal. Assim, embora as gestantes apresentassem aspectos sugestivos a resultados perinatais desfavoráveis subentende-se que a assistência foi adequada, visto que expressivamente os recém-nascidos apresentaram boas condições de saúde.