A comunicação está vinculada ao processo de ensino-aprendizagem e é indispensável para a produção de conhecimentos e experiências. Pesquisas recentes revelam que principalmente acadêmicos de enfermagem se deparam com dificuldades no aprendizado, decorrentes da falta de compreensão dos conteúdos ou dificuldade no vínculo com o docente, gerando na mudança de comportamento causando interferências negativas e impactando diretamente a saúde mental. O objetivo é identificar trabalhos que demonstrem aspectos do ensino-aprendizagem dentro da graduação de enfermagem, relacionando com a vivência dos autores durante o cenário prático hospitalar e seus impactos na saúde mental. Comparou-se as vivências dos autores durante o cenário prático hospitalar no período de 2021 e 2022 com a literatura científica a respeito do tema, buscando relacionar com o impacto na saúde mental. Dos relatos dos autores durante o ano de 2021, pode-se ressaltar que há uma problemática relacionada à compreensão de alguns docentes referente às peculiaridades de cada aluno, com pouca empatia no processo de vida pessoal, visto que o pessoal dos alunos impacta diretamente no processo de formação. Destaca-se a sobrecarga emocional dos discentes, uma vez que a maioria dos integrantes deste grupo realizam jornadas duplas, conciliando a faculdade em tempo integral com trabalho noturno, tempo de estudo e vida pessoal. Quando levou-se a temática aos docentes, alguns não mostraram-se abertos à discussão argumentando que a universidade é integral e devemos possuir tempo livre para as atividades em turno inverso, deixando de lado as diferenças e dificuldades de cada aluno. Durante outro momento, em 2022, houve uma abordagem mais humanizada por parte dos docentes, compreendendo as peculiaridades de cada aluno, trazendo um processo de ensino-aprendizagem que visa a equidade, trabalhando os aspectos necessários em cada aluno, entendendo as necessidades do grupo. Conclui-se que uma conduta humanizada no processo de formação impacta de maneira positiva a saúde mental dos discentes, visto que estes serão futuros profissionais e necessitarão estar aptos a reconhecer/compreender as vulnerabilidades das populações, percebendo-as e atuando de forma humanizada, visando respeitar os princípios do SUS, como universalidade, equidade e integralidade. Utilizou-se os descritores: saúde mental, ensino e aprendizagem.