Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE DO NÍVEL DE INSTRUÇÃO DOS PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA EM SERGIPE
Relatoria:
Gustavo Venícius da Silva Santos
Autores:
- Adão Renato de Jesus Freire
- Ana Liz Pereira de Matos
- Cleidinaldo Ribeiro de Goes Marques
- Eduesley Santana Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é considerada a via final comum de grande parte das doenças cardíacas. O conhecimento dos pacientes sobre a mesma pode interferir de maneira substancial no tratamento e controle desta síndrome. Assim, este estudo objetivou avaliar o nível de conhecimento dos portadores de IC, no estado de Sergipe. Métodos: Recorte de um ensaio clínico randomizado e controlado, cadastrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos e norteado pelo checklist CONSORT. Foi realizado em 4 centros hospitalares do estado, no período de dezembro de 2018 a março de 2020, recebeu aprovação pelo Comitê de Ética em pesquisa (2.897.628). Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, diagnóstico médico de IC com disfunção sistólica (Fração de Ejeção <= 49% pelo ecocardiograma) e internados por descompensação do quadro clínico. Foram excluídos aqueles sem contato telefônico; com problemas visuais, auditivos e/ou de locomoção; classificação funcional IV pela New York Heart Association; que estivessem participando de outra pesquisa com mesma temática; internados para realização de procedimentos cirúrgicos não relacionados à IC; residentes em município com mais de 100 km de distância de um dos hospitais de alocação e com déficit cognitivo. Resultados: A casuística compôs-se de 36 pacientes, número reduzido para 22 após perdas de seguimento, destes, 15 foram alocados no Grupo Controle (GC) e 07 no Grupo Intervenção (GI). No GI em comparação GC, predominaram Mulheres (56% vs 38%), com média de idade de 65±14 vs 63±14, Pardas (44% vs 43), Escolaridade de 1 a 7 anos (44% vs 47%), Ex tabagistas (56% vs 72%), Ex etilistas (44% vs 28%), não praticantes de atividades físicas (75% vs 90%). No tocante às características clínicas do GI em comparação ao GC, predominou-se o tempo de até 1 ano de diagnóstico da IC (38% vs 14%), etiologia isquêmica (44% vs 19%), classe funcional NYHA III (63% vs 43%), FEVE média de 33±10 vs 35±10, com realização de angioplastia (62% vs 38%), principais comorbidades a HAS (81% vs 62%) e DM (37% vs 24) e média de 21±4 vs 21±4 no nível de cognição avaliado pelo MEEM. Quanto ao conhecimento da IC, o GI quando comparado ao GC, apresentou conhecimento adequado (71% vs 13%). Conclusão: Os portadores de IC descompensada alocados no GI apresentaram melhores resultados em comparação ao GC, no que se refere ao nível de conhecimento sobre a doença.