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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
COLCHÕES HOSPITALARES: IMPACTO NA SEGURANÇA DO PACIENTE
Relatoria:
Vitória Plazas Beccaria
Autores:
  • Patrícia Marcondes Pegolo Peres de Assis
  • Giulia Fernanda Cabral
  • Ruberval Peres Gasques
  • Adriano Menis Ferreira
  • Marcelo Alessandro Rigotti
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Estudos demonstram a alta densidade de microrganismo presente em artigos e superfícies hospitalares que podem levar a infecção cruzada, percebe-se que medidas de prevenção, como auditoria e substituição de materiais/equipamentos que não apresentam integridade em sua estrutura e, emprego de técnicas adequadas para desinfecção não são realizadas de forma eficaz. Diversos estudos têm sido realizados com objetivo de avaliar a presença de microrganismos na superfície dos colchões, porém é escassa a literatura sobre sua integridade e contaminação de sua espuma. O objetivo deste estudo foi avaliar a integridade física das coberturas dos colchões e a presença de Staphylococcus aureus, e seu perfil de resistência à meticilina na espuma dos colchões. Estudo transversal, realizado em 56 leitos de uma instituição hospitalar. Utilizou-se um checklist validado elaborado com critérios para auditoria de leitos hospitalares (cama e colchões) e análise microbiológica para detecção de Staphylococcus aureus e MRSA no interior dos colchões. Para análise dos dados, foram utilizadas estatística descritiva e tabelas de frequência absoluta e percentual. Os resultados demonstraram que 71,4% dos colchões avaliados não estavam íntegros e deveriam ser descartados, pois atenderam a pelo menos um dos critérios para reprovação, muitos apresentaram vazamentos (57%), revestimento permeável (48,2%), manchas (48,2%) e rasgos ou fissuras (44,6%). Além disso, nenhum colchão estava identificado e 85,7% das estruturas dos leitos possuíam contaminações por sangue ou outros fluidos corporais. Em relação à avaliação da presença de Staphylococcus aureus na espuma dos colchões, das 56 placas utilizadas para coleta das amostras 43 (76,8%) foram positivas. Desse total, 12 (21,4%) apresentaram resistência à meticilina. Neste estudo foi possível mensurar o mau estado dos colchões em vários quesitos do instrumento utilizado. Os resultados oferecem evidências de que o enfermeiro enquanto gestor têm a competência para realizar a auditoria dos colchões de forma sistemática e avaliar a limpeza e desinfecção da superfície do colchão de forma adequada, além da inspeção do seu interior e do revestimento, visando a prevenção de infecções, bem como há necessidade de implementar políticas voltadas à melhoria nos cuidados relativos ao leito do paciente, visto o colchão ser o artigo de maior contato físico com o doente, e ferramentas gerenciais frente a esta relevante temática para segurança do paciente.