INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por déficits cognitivos, interacionais e comportamentais. Sabe-se que na infância a ludicidade é essencial para desenvolver habilidades de comunicação e linguagem, e crianças com TEA têm grande dificuldade de se envolver em brincadeiras. OBJETIVO: Identificar, na literatura científica, como a ludicidade contribui para o cuidado de crianças autistas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, em que a busca se deu através do Portal de Periódicos da CAPES, nas bases de dados CINAHL, EMBASE, SCOPUS e Web of Science, utilizando os Descritores de Ciências em Saúde (DeCS), “Child”, “Play and Playthings” e “Autism Spectrum Disorder”, integrados ao operador booleano “AND”. Os critérios de inclusão foram estudos publicados de janeiro de 2017 a julho de 2022, em qualquer idioma, disponíveis na íntegra e de acordo com o objetivo. Excluiu-se revisões, estudos duplicados, teses e dissertações. Inicialmente encontrou-se 942 resultados, que se reduziram para 224, dos quais escolheu-se 15 através da leitura dos títulos e resumos, e após a leitura na íntegra selecionou-se nove para a amostra final. RESULTADOS: Evidenciou-se que a ludicidade contribui no cuidado de crianças com TEA promovendo melhorias na expressão dos sentimentos, na interação social e nas habilidades cognitivas, linguísticas, socioemocionais e motoras; aperfeiçoamento da criatividade; eficácia e segurança do cuidado; inclusão e maior qualidade de vida; e fortalecimento da interação entre pais e filhos. Ademais, a literatura indica que tais contribuições ocorrem especialmente quando se trata de intervenções lúdicas breves e de fácil acesso. CONCLUSÃO: A ludicidade é imprescindível na vida de crianças autistas, sendo fundamental que as instituições e gestores invistam na capacitação dos profissionais da saúde. Outrossim, é vital a realização de mais estudos acerca da temática para corroborar com o bem-estar biopsicossocial destes indivíduos.