Atraso no Transplante Renal e aumento do tempo de isquemia do enxerto: Relato de experiência. Introdução: O transplante renal é uma opção terapêutica confiável e com grande eficácia que visa proporcionar a reabilitação e aumento da qualidade de vida em pacientes com falência renal. (CLEMENTINO, 2020). O atraso no transplante causa impacto ao paciente e consequentemente à instituição como evidenciou o estudo de Marcelim (2021) mostrando que o aumento do tempo de isquemia causa complicações no pós transplante renal. Objetivo: descrever principais pontos do processo que podem causar atraso no transplante renal e elaborar soluções para cada problema. Metodologia: Trata-se de um Projeto de Intervenção construído através de relato de experiência vivenciado por enfermeiras assistenciais da unidade de transplante renal de um hospital de referência em Fortaleza. Consistiu em duas fases: 1ª: Definição do local (Centro Transplantador de Referência em Transplante Renal em Fortaleza, Ceará, Brasil), problema (atraso no transplante renal) e proposta a ser desenvolvida pelos autores (atividades que possam ser realizadas pela própria Equipe de Enfermagem para otimizar o transplante renal); e 2ª: Construção do Diagrama de Ishikawa, elaboração do plano de intervenção e apresentação; nesta segunda fase, foi elaborada a espinha de peixe utilizando a ferramenta - Diagrama de Ishikawa - para organizar melhor os principais problemas encontrados; após isto, foi desenvolvido o Plano de Intervenção descrevendo as principais atividades a serem realizadas, os responsáveis, os prazos, os recursos necessários e indicadores de qualidade para resolução dos problemas – nesta fase, foi construída uma tabela elencando todos estes tópicos; e, por fim, houve a apresentação em formato PowerPoint. Para auxiliar no planejamento das ações foi utilizado o estudo de Marcelin et al (2021) que evidenciou que o tempo de isquemia elevado influencia diretamente na função do enxerto. Realizado no período entre junho e julho de 2022. Resultados: Organização de logística de leito para a hemodiálise pré-transplante e escala com dimensionamento de um técnico de enfermagem para o pré-operatório, construção do instrumento Kamishibai para otimizar reserva da sala cirúrgica. Conclusão: É possível traçar uma proposta de trabalho aplicável e fundamentada em autores e tecnologias que possam ajudar na gestão do processo, e com isto, reduzir o risco de função retardada do enxerto, bem como do tempo de internação.