Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
OFICINA SOBRE INFEÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM UNIDADE PRISIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Davi Oliveira Teles
Autores:
- Edienovi da Costa Pereira
- Liana Noeme Amaral Santiago
- Ana Maria Miranda Lucena Fontenele
- Ana Karina Bezerra Pinheiro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O acesso à saúde para a população LGBTQIA+ é marcado por barreiras e estigmas reproduzidos até mesmo por profissionais de saúde. Aliado a isso, quando se trata de uma população privada de liberdade, alerta-se para a alta prevalência de doenças infecciosas em unidades prisionais brasileiras, com destaque para HIV/Aids. Dessa forma, ambos os grupos são considerados vulneráveis às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) pois os contextos individual, social e estrutural em que vivem aumentam o risco de adoecimento, logo, cabe fomentar o fortalecimento de ações de prevenção. Objetiva-se relatar as impressões de estudantes de Enfermagem durante a realização de uma oficina sobre IST em uma Unidade Prisional. Relato de experiência vivenciada em uma Unidade Prisional cearense que acolhe a população LGBTQIA+ em novembro de 2021. A oficina interativa sobre as principais IST foi idealizada e ministrada por quatro estudantes de Enfermagem em forma de um jogo de perguntas no qual os internos , divididos em duas equipes de 12 integrantes, jogavam um dado e, pela numeração indicada, respondiam uma pergunta sobre a temática que envolvia sinais e sintomas, modo de transmissão e tratamento das IST. Após a resposta da equipe era aberta uma breve discussão sobre o assunto. Os internos da unidade foram bem receptivos com os estudantes e estavam animados para socializar e participar da atividade. A cada pergunta feita, diversas dúvidas eram levantadas e respondidas em grupo utilizando o conhecimento prévio dos internos e o científico dos estudantes. Além disso, a oficina propiciou diversas discussões que transpassaram os parâmetros clínicos das IST e dialogaram sobre as dificuldades que a população LGBTQIA+ encontra para ter acesso à promoção da saúde sexual. A atividade propiciou o contato com uma população pouco contemplada nas ações de ensino durante a graduação em Enfermagem e possibilitou a discussão de uma temática de interesse do público-alvo, garantindo receptividade, troca de conhecimentos e quebra de estigmas.