Desde o anúncio da pandemia de COVID-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020, vivemos uma crise de saúde sem precedentes na história recente. Existem muitos estudos sobre a recuperação das sociedades após desastres naturais como furacões, inundações e terremotos. No entanto, não há um modelo de recuperação descrito após uma pandemia em escala global como a atual. Muitos foram e são os danos colaterais causados pela pandemia, com o aumento do desemprego, perda de renda, ressurgimento de várias doenças mentais relacionadas ao confinamento prolongado, secundário à perda da rotina e ao isolamento social. A população como um todo teve sua atenção primária e especializada de saúde adiada ou interrompida. A redução na transmissibilidade foi observada com a implementação de distanciamento social e uso de medidas de higiene e proteção individuais. As campanhas de políticas públicas e agências de saúde devem continuar a alertar o público sobre os riscos de novas epidemias e enfatizar a necessidade de comportamentos de proteção pessoal e distanciamento social. Analisar os casos positivos comparando os períodos sazonais para contaminação de COVID-19. Dados extraídos do sistema de notificação E-SUS - NOTIFICA, filtrados por ano e meses, sendo calculados os valores de cada onda entre 2020 - 2021 de pessoas que foram contaminadas no tempo da pandemia. Em 2020, a primeira análise de pico e vale de onda estendeu-se por quatro meses com casos positivos (maio, junho, julho e agosto), observando-se o declínio de 70% dos casos. Em 2021, a análise de pico e vale foi a partir do mês de julho e até setembro, e com a intensidade na implementação de medidas estratégicas em saúde, o declínio entre o pico e vale da onda de 2021 foi de 98.2%. De forma geral, é perceptível a importância da vigilância epidemiológica em saúde, principalmente no contexto pandêmico, visando o rastreamento de determinados problemas de saúde pública, para que haja a construção de medidas estratégicas em saúde.