A asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que provoca hiper-reatividade das vias aéreas, levando a edema de mucosa. É uma patologia comum entre as crianças e geralmente caracterizada por dispneia, sibilância, tosse e dor torácica. Tem-se como objetivo do estudo: verificar os principais fatores desencadeantes da crise asmática em crianças menores de cinco anos de idade. Trata-se de um estudo transversal realizado com 65 pais e/ou cuidadores de crianças com diagnóstico médico de asma atendidos em uma Unidades de Atenção Primária a Saúde (UAPS) de Fortaleza. Os dados foram coletados por meio de um formulário sociodemográfico, o qual foi aplicado enquanto os pais/cuidadores aguardavam atendimento na referida unidade. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva. O estudo faz parte de um projeto maior que foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal do Ceará, respeitando os aspectos éticos de acordo com a Resolução 466/2012. Verificou-se que 87% dos entrevistados relataram presença de sintomas durante o período da pesquisa, sendo que os fatores desencadeantes mais comuns foram: mudança de tempo (88%), exposição a poeira (75%) e ficar gripado (70%). Os fatores menos encontrados foram atividade física (12%) e banho de piscina/mar (19%). Além disso, os sintomas mais comuns durante as crises foram: tosse (78%), respiração rápida (69%) e piado no peito (68%). Quando questionados sobre o controle da asma 70% afirmaram estar controlada, 5% não controlada e 25% parcialmente controlada. Diante do exposto, conclui-se que a partir da identificação dos fatores desencadeantes pode-se propor práticas inovadoras capazes de reduzir os danos advindos das crises. Além disso, o profissional de enfermagem tem importante papel na realização de estratégias e intervenção voltadas para este público. Dessa forma, acredita-se que o reconhecimento precoce desses gatilhos possa levar a um controle mais efetivo da doença visando a promoção da saúde e a prestação de um cuidado contínuo.