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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
RELAÇÃO DO SEXO COM SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM SOBREVIVENTES À COVID-19
Relatoria:
Gabriela Fernanda Gaziro
Autores:
  • Amanda Salles Margatho do Nacimento
  • Sofia Fuzaro Grasi
  • Carolina Scoqui Guimarães
  • João Paulo Ferreira Rodrigues
  • Angelita Maria Stabile
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Doença do Coronavírus 2019 (Coronavirus Disease 2019, COVID-19) é uma doença recente e pouco se sabe sobre seus impactos sobre os aspectos emocionais de homens e mulheres. Este trabalho teve como objetivo avaliar o papel do sexo na presença de sintomas de ansiedade e depressão um ano após a alta hospitalar em sobreviventes da COVID-19. MÉTODO: Trata-se de um estudo quantitativo realizado em um hospital público do estado do Ceará com pacientes maiores de 18 anos, diagnosticados com COVID-19 de março a dezembro de 2020 e admitidos na instituição para tratamento clínico. Para investigar sinais e sintomas de ansiedade e depressão foi utilizada a Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), uma escala composta por 14 itens, divididos em duas subescalas: ansiedade (7 itens) e depressão (7 itens). A coleta de dados foi realizada um ano após a alta hospitalar, por meio de ligação telefônica. O estudo foi aprovado por um Comitê de Ética competente e registrado pelo CAAE: 31985720.8.0000.5393. RESULTADOS: Foram incluídos 41 participantes, sendo 23 (53,1%) do sexo feminino e 18 (43,9%) do sexo masculino. A mediana da idade das mulheres foi de 50,3 (27-80) e dos homens 56,8 (28-64). Observou-se que as mulheres apresentaram escores significativamente mais altos que os homens nas subescalas de ansiedade [9,0 (0-15) vs. 6,5 (0-17), p=0017)] e depressão [10,0 (2-18) vs. 6,0 (1-15)]. Quando analisados os resultados por escores, as mulheres obtiveram mediana de 9 para ansiedade e 10 para depressão, indicando possível caso de ansiedade e depressão. CONCLUSÃO: As mulheres possuem um fenótipo de temperamento mais ansioso, caracterizado pelo aumento da reatividade comportamental e fisiológica a estímulos estressantes. Além disso, fatores genéticos, socioculturais, hormonais e de desenvolvimento influenciam a resposta de um indivíduo ao estresse, e o papel biológico do sexo continua sendo um fator de vulnerabilidade ao estresse psicossocial. Assim, este estudo mostrou que as mulheres apresentam mais sintomas de ansiedade e depressão que os homens até um ano após a alta hospitalar, o que pode resultar em aumento da demanda de longo prazo para o sistema de saúde.