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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
AMBIENTE DE TRABALHO E BURNOUT EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE NÍVEL MÉDIO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
Relatoria:
José Luís Guedes dos Santos
Autores:
  • Etiane Oliveira Freitas
  • Alacoque Lorenzini Erdmann
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A pandemia de COVID-19 tornou o ambiente de prática profissional da enfermagem ainda mais propício ao esgotamento físico e mental dos trabalhadores, principalmente para técnicos e auxiliares de enfermagem. Esses profissionais representam a maior parte da força de trabalho da enfermagem e são os responsáveis por prover a maior parte dos cuidados beira-leito junto aos pacientes. Objetivo: verificar associações entre ambiente de prática profissional e os níveis de Burnout entre técnicos e auxiliares de enfermagem em hospitais universitários durante a pandemia de COVID-19. Método: Trata-se de estudo transversal desenvolvido em 10 hospitais universitários brasileiros, por meio de uma pesquisa multicêntrica. Os dados foram coletados por meio de um questionário socioprofissional, a Practice Environment Scale (PES) e o Maslach Burnout Inventory (MBI). Foram realizadas análises descritivas, comparação de frequências e correlações estatísticas. Resultados: Participaram do estudo 827 trabalhadores, majoritariamente do sexo feminino (79,8%), cor parda (43%) e com idade média de 41,6 anos (dp=8,8). Quanto ao exercício profissional, tinham em média 15,1 anos (dp=8,3) de experiência profissional e atuavam principalmente em enfermarias ou unidades de internação (49,1%). O ambiente de prática apresentou médias superiores à 2,5 nas cinco subescalas e na avaliação geral do PES, o que aponta um ambiente favorável à prática profissional. Os resultados do MBI para subescala exaustão emocional foi 21,1 (± 7,8), para despersonalização foi 8,5 (±3,7) e para redução da realização pessoal foi 31,5 (±5,6). Todos os domínios da PES, associaram-se às subescalas do MBI. Os trabalhadores que avaliaram favoravelmente o ambiente de prática apresentaram baixa exaustão e despersonalização e alta realização profissional. Em contrapartida, aqueles que avaliaram o ambiente de prática como não favorável apresentaram maior percentual de alta exaustão emocional e despersonalização e baixa realização pessoal. Conclusão: Uma percepção “favorável” do ambiente de prática está associada à baixa exaustão emocional e despersonalização e alta realização pessoal.