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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
CAMPANHA DE VACINAÇÃO DA INFLUENZA EM UMA UNIDADE PRISIONAL DE RESSOCIALIZAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Tatiely da Silva
Autores:
  • Diellison Layson dos Santos Lima
  • Robson Pereira Assunção
  • Bianca Barroso de Sousa
  • Keuri Silva Rodrigues
  • Gustavo André Guimarães Nunes
  • Annarelly Morais Mendes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O Brasil apresenta a terceira maior população carcerária do mundo com 726.712 pessoas privadas de liberdade segundo o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN). A imunização em locais com populações privadas de liberdade tem um elevado impacto na diminuição de agravos em saúde, tendo em vista que historicamente este ambiente conta com um alto número de doenças infectocontagiosas. OBJETIVO: Relatar/descrever as experiências de acadêmicos de enfermagem de uma universidade pública frente a uma campanha de vacinação contra a gripe em uma unidade prisional de ressocialização. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência a partir da vivência de graduandos em enfermagem bacharelado pela Universidade Estadual do Maranhão, realizado mediante estágio supervisionado obrigatório na atenção primária em saúde, referente a disciplina de saúde coletiva. A experiência ocorreu em uma unidade prisional de ressocialização localizado em um município do estado do Maranhão durante uma campanha de vacinação contra a influenza no período de maio de 2022. Participaram da ação 106 pessoas, entre elas detentos e funcionários. RESULTADOS: Inicialmente, todos os envolvidos na campanha, precisaram se submeter as normas e protocolos da instituição. Os funcionários mostraram-se receptivos e colaborativos, o que facilitou a dinâmica de trabalho da equipe e dos estagiários. No que tange o processo de imunização, os detentos eram colocados em selas separadas para que a vacinação acontecesse. Primeiramente foram imunizados os detentos considerados perigosos que se encontravam no banho de sol, logo, os que estavam na sala de aula e em seguida os da atividade ao ar livre. Eram chamados individualmente pelo nome, além disso, alguns não receberam a vacina por problemas de saúde como febre remitente. Notou-se ainda, que boa parte dos presidiários não portavam de carteira de vacinação, portanto, confeccionadas no momento da campanha foi possível perceber a importância do enfermeiro no cuidado de forma singular em um local considerado de alta periculosidade e propicio para propagação de várias doenças. CONCLUSÃO: O estágio obrigatório propicia ao graduando a percepção ampla da prática em vulnerabilidades sociais, se faz importante na construção do enfermeiro como um potencial de mudança da realidade em muitos ambientes, dentre os quais, o da unidade prisional de ressocialização, devendo, portanto, olhar holisticamente o paciente/sujeito e humanizar a assistência.