Introdução: A neonatologia, segundo Rocha e Martins (2017), teve início em 1880, por meio da inserção de técnicas e equipamentos que garantem a sobrevivência de bebês prematuros ou doentes, havendo uma redução do número de óbitos, ajuda na recuperação, na manutenção das funções vitais e a sobrevivência deles. Entretanto, os avanços tecnológicos para o tratamento do neonato não trouxeram somente benefícios como o rigor dos diagnósticos, mas também se evidenciou desvantagens como o estímulo sonoro excessivo, prejudicial ao desenvolvimento e recuperação do recém-nascido (MIRANDA et al., 2021). Objetivo: Analisar os impactos dos ruídos na UTI neonatal, o uso de tecnologia e atuação do enfermeiro. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa de literatura com abordagem qualitativa, onde a seleção dos estudos foi realizada através de busca de produções científicas nas bases de dados: Base de Dados em Enfermagem (BDENF) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Os descritores utilizados foram: “Ruído”, “Unidades de Terapia Intensiva Neonatal” e “Enfermagem”. Utilizado o operador booleano “and” e como critérios de inclusão artigos disponíveis gratuitamente na íntegra, publicados entre 2017 e 2022. Após a busca nas bases de dados através do portal da Biblioteca Virtual de Saúde e aplicação dos critérios de inclusão, foram encontrados 9 artigos. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, restaram 3 artigos que compuseram a amostra final. Resultados: Cada artigo selecionado evidência a realidade da UTI neonatal de países diferente, México, Portugal e Brasil. Os três corroboram que as principais fontes de ruídos nesse tipo de unidade são os equipamentos de suporte de vida e a comunicação entre equipe, como a passagem de plantão (HERNÁNDEZ-SALAZAR; GALLEGOS-MARTÍNEZ; REYES-HERNÁNDEZ, 2020). Os estudos ainda evidenciam que a exposição contínua pode desencadear aumento da pressão sanguínea, taquicardia, perda auditiva, apneia, alteração do sono, agitação, choro e irritabilidade, dessa forma pode-se provocar maior consumo calórico e o ganho de peso se torna lento (RAMOS, 2018; VERA et al., 2018). Conclusão: Sugere-se, que novas pesquisas sejam realizadas para redução do ruído na unidade, com o intuito de avaliar o impacto. Também são necessários estudos para desenvolvimento de novas tecnologias que alertem os profissionais e familiares em relação aos níveis elevados de decibéis da unidade neonatal.