Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ATENDIMENTO A PESSOA COM FÍSTULA ENTÉRICA EM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
KARINE BASTOS PONTES SAMPAIO
Autores:
- Ana Débora Alcântara Coelho Bomfim
- Débora Taynã Gomes Queiróz
- Silvania Mendonça Alencar Araripe
- Maria Edilene Nunes Fernandes
- Karla Andrea de Almeida abreu
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: As fístulas entéricas são trajetos anômalos dos fluídos oriundos do trato intestinal a pele. Pessoas vítimas de trauma abdominal a fisiopatologia está associada ao potencial de contaminação da lesão, infecção do sítio cirúrgico, deiscência de anastomose, danos e perfurações em alça não identificadas no ato cirúrgico. O manejo adequado envolve condutas que foram desenvolvidas em ambulatório com suporte nutricional e remoção adequada dos efluentes por dispositivo coletor. Objetivo: Relatar experiência da prática dos enfermeiros do Núcleo de Estomaterapia atuantes em ambulatório, no cuidado com a pessoa portadora de fístula entérica. Método: relato de experiência das práticas de Enfermeiros no ambulatório de Estomaterapia de um hospital referência em trauma em Fortaleza, Ceará, realizado entre agosto de 2021 e março de 2022. Por tratar-se de relato de experiência das práticas de enfermagem utilizando dados secundários, considerou-se desnecessário o encaminhamento ao Comitê de Ética e Pesquisa. Discussão: paciente admitido no ambulatório de Estomaterapia, com fístula entérica labiada em ferida abdominal, cicatrizando por segunda intenção, medindo 20x10cm, hipergranulada e bordas em contração, com duas fístulas em regiões superior e inferior, efluente moderado de 50 a 100 ml usando sistema coletor médio. Após 2 meses verificou redução da ferida mediu 14,5x4,5cm. Com a evolução do tecido foi usado dispositivo coletor para estomias com uso de hidrofibra com prata em região central para estimular a cicatrização. No seguimento houve pequena exposição de alça intestinal na região inferior, sendo avaliado pelo cirurgião. Após 7 meses de acompanhamento, a ferida reduziu para 10x3cm com reepitelização em tecido central. Recebeu alta da Estomaterapia mantendo sistema para fístula, orientações para troca, sendo os principais desafios na intervenção do caso a grande quantidade de efluente e o cuidado com a pele, além dos curativos realizados para redução da lesão, com retorno semanal. Considerações: A importância do ambulatório de Estomaterapia na desospitalização propiciou a pessoa com fístula retorno ao convívio domiciliar, favorecendo a descolonização da microbiota viabilizando a cicatrização da ferida e o autocuidado. O cuidado demandou de grande quantidade de materiais em ambulatório e dispensados para domicílio o que implica em relativo custo à instituição. Percebe-se ser possível cuidar de feridas complexas em ambulatório especializado.