Introdução: Do ponto de vista da técnica de inserção do cateter central de inserção periférica, existem diversos cuidados que evitam a ocorrência de falha do catéter. Porém, não foram identificados estudos sobre essa temática, sendo uma lacuna de conhecimento que afeta diretamente a segurança e os resultados clínicos dos pacientes em terapia intravenosa. Objetivo: avaliar a efetividade das técnicas de inserção do PICC na prevenção da ocorrência de falhas relacionadas ao cateter em adultos Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática. A busca dos estudos primários foi conduzida nas seguintes bases de dados. PubMed, LILACS, EMBASE e CINAHL, além da literatura cinzenta, Google Scholar e busca manual, em 8 de julho de 2021, sem limite de data. A síntese dos resultados foi realizada na forma descritiva e por meio de metanálise. Resultados: Dentre 954 referências identificadas, 6 primários atenderam aos critérios de elegibilidade. As principais complicações decorrentes da técnica foram: flebite, trombose venosa profunda associada ao cateter, oclusão do cateter, infecção da corrente sanguínea associada ao cateter, infecção do sítio de saída, migração da ponta do cateter, fratura do cateter, extravasamento e lesão de pele associada ao cateter. Combinaram-se os estudos homogêneos, resultando em duas metanálises. A primeira, elaborada com dois estudos inferiu que não houve redução no desfecho complicações analisando a intervenção (Técnica de inserção guiada por ultrassom com técnica Seldinger modificada) versus comparador (Técnica de inserção guiada por pontos de referência anatômicos), teve ausência de evidência com efeito global (IC 95%: 0,11 a 1,81; com p=0,26). A segunda, inferiu que houve redução no desfecho da intervenção (Técnica de inserção guiada por ultrassom com posicionamento da ponta guiada por guia eletrocardiográfico) versus comparador (Técnica de inserção guiada por ultrassom para visualização vascular com técnica de inserção guiada por pontos de referência anatômicos). Assim sendo, houve presença da evidência (IC 95%: -0,15 a -0,02; com p=0,02). A certeza da evidência avaliada pelo GRADE foi considerada baixa. Conclusão: Esta revisão não obteve alta evidência científica sobre a melhor intervenção para o desfecho prevenção da ocorrência de falhas e complicações relacionadas ao uso do cateter. Sugere-se a realização de novas pesquisas, como ensaios clínicos aleatorizados, sobre a temática explanada.