INTRODUÇÃO: Segundo o Ministério da Saúde há mais de 20 milhões de adolescentes cadastrados nas unidades de saúde, porém estes são subutilizadores da Atenção Primária à Saúde (APS). Embora tenha ocorrido, na última década, uma queda no número de gravidez na adolescência este ainda se constitui um preocupante problema de saúde pública. Uma das formas utilizadas para orientar este público é a abordagem da sexualidade responsável, por meio das atividades do Programa Saúde na Escola (PSE), uma parceria com o Ministério da Educação. Pensando nisto criou-se uma estratégia para ampliar o acesso e a vinculação destes jovens à unidade de saúde e assim contribuir para suas escolhas com o intuito de evitar, especialmente, a gravidez na adolescência. OBJETIVO: Durante a realização da ação do PSE realizar a captação dos adolescentes, de modo a fazê-los refletirem sobre as consequências que podem trazer uma gravidez indesejada na adolescência. MÉTODOS: A intervenção foi realizada em sala de aula; os alunos divididos em grupos; solicitado que cada grupo realizasse uma listagem de atividade para diversão e entretenimento; solicitado que retirassem da lista as atividades que não seriam possíveis de serem realizadas caso estivessem gestantes; e por fim solicitou-se ainda que cada um indicasse um método contraceptivo e explicasse o uso, caso não o fizesse teria como consequência a gravidez (colocar um balão embaixo da farda). RESULTADOS: O momento de criação das listas foi bastante descontraído. Ao retirarem as atividades, baseados na nova informação sobre a gravidez, eles conseguiram recriar mentalmente a situação e refletir sobre quais as consequências iniciais de uma gravidez. Quando foi solicitado a indicação dos métodos contraceptivos, todos os conseguiram indicar um método. Em seguida foram esclarecidas dúvidas sobre o uso de métodos e feitos apontamento sobre os contraceptivos disponíveis localmente. CONCLUSÃO: É importante lembrar que em jovens gestantes se verifica o maior número de gestantes com pressão alta, diabetes e partos prematuros. A taxa de óbito em RN de mães adolescentes é a maior taxa de mortalidade infantil registrada no país. Então criar meios de orientar e educar estes jovens para uma sexualidade responsável com o uso dos métodos contraceptivos de forma correta e consciente; auxiliada pelas orientações para a vida e o planejamento familiar, criam a melhor estratégia para mudar esta realidade.