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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE DOS CASOS DE HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS NO BRASIL
Relatoria:
Juliana Damasceno Silva
Autores:
  • Camila Gomes Carvalho
  • José Alexandre Albino Pinheiro
  • Maria Amanda Mesquita Fernandes
  • Isabelle Monique de Oliveira Rocha
  • Mariana Cavalcante Martins
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que pode causar sintomas, tais como perda de sensibilidade dermatológica à danos neurais. É necessária uma maior atenção aos menores de 15 anos, pois a detecção da doença nessa faixa etária indica uma alta endemicidade na população e carência de ações efetivas de educação em saúde. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de hanseníase em crianças e adolescentes entre 0 a 14 anos no período de 2019 a 2022 no Brasil. Método: Estudo transversal, epidemiológico, descritivo. A coleta de dados foi realizada em junho de 2022, a partir dos dados de notificação de casos de hanseníase na plataforma virtual do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). Os dados correspondem a todos os casos notificados de 0 a 14 anos de 2019 a 2022 no Brasil, analisando as variáveis: ano de diagnóstico, região de notificação, sexo, faixa etária, escolaridade, etnia, número de lesões e episódios reacionais. Os dados foram armazenados em uma planilha do programa Excel e em seguida analisados. Resultados: Observou-se que foram notificados 3.731 casos em menores de 15 anos de 2019 a 2022. Destaca-se o ano de 2019 com maior índice de casos notificados, com 1.808 (48,46%), e em sequência decrescente de notificações, 2020 com 1.063 notificações (28,49%), tendo uma queda de 41,20% de detecção de casos nesta faixa etária. Quanto à distribuição espacial, a região com maior taxa de casos notificados foi a região nordeste, com 47,74%, seguida da região Norte, com 25,46%. Quanto aos aspectos sociodemográficos, a maioria foram do sexo masculino (54,41%), com faixa etária de 10 à 14 anos (66,85%), com escolaridade entre a 5ª e 8ª série (36,34%) e se identificam com etnia parda (68,59%). Quanto aos aspectos clínicos, 34,07% foram identificados com 2 a 5 lesões no momento do diagnóstico e maior ocorrência de episódios reacionais na faixa etária de 10 à 14 anos (36,34%). Conclusão: As crianças e adolescentes são um público extremamente vulnerável à essa patologia, sendo possível observar um decréscimo no número de casos ao longo dos anos, dentro de um contexto de subnotificação durante a pandemia por COVID-19. É necessário ter um olhar diferenciado no que diz respeito à busca ativa e diagnóstico precoce, diminuindo o risco para o desenvolvimento de incapacidades físicas deixadas pela doença, causando um impacto negativo na qualidade de vida desses pacientes.