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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE NO PIAUÍ: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Nayne Cristine Matos Carvalho
Autores:
  • Nágila Silva Alves
  • Brian Araujo Oliveira
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O Brasil se caracteriza por ter a quarta maior população prisional, com unidades lotadas e sem estruturas, onde pessoas vivem e lidam diariamente com a falta de higiene, violência, e falta de assistência à saúde, fatores que geram uma prevalência de infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) entre pessoas privadas de liberdade mais alta que entre a população geral. Objetivo: Descrever a experiência de acadêmicas de enfermagem durante uma ação com a abordagem centrada em infecções sexualmente transmissíveis dentro de uma unidade prisional feminina. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, desenvolvido em maio de 2022 na Cadeia Pública Feminina de Teresina - PI, durante uma ação centrada nas IST’s, atividade que integra o Mestrado acadêmico em Saúde e Comunidade vinculada a Universidade Federal do Piauí. O público-alvo foi mulheres privadas de liberdade, onde nesta unidade prisional possui um quantitativo de setenta mulheres. A ação ocorreu seguindo três etapas: Preparo das fichas das pacientes; Aplicação de questionário com perguntas padronizadas que abordava conhecimentos sobre saúde sexual e IST’s; E coleta de material biológico, onde realizava-se coleta sanguínea para testagem rápida de HIV, Sífilis e Hepatite B. Resultados: A partir da vivência foi perceptível que um grande número de detentas, mais especificamente trinta e uma, positivaram para alguma das IST’s testadas e a falta de conhecimento de informações básicas sobre saúde sexual e IST’s a partir da aplicação do questionário. Logo, a vulnerabilidade da mulher no sistema prisional chama atenção em função de sua desassistência, o que inclui: inexistência de materiais de higiene básicos, violência, falta de educação em saúde e inadequação de acompanhamento e assistência à saúde. Isto posto, a atividade proporcionou a participação considerável do público alvo, pois das setentas detentas, sessenta e duas participaram da ação, promovendo assim conhecimento, testagem e discussão ampliada do tema. Conclusão: A partir da vivência, conclui-se que por meio da aplicação do questionário e testagem, ficou evidente a necessidade de palestras socioeducativas dentro das unidades prisionais, a fim de promover conhecimento para as detentas, procurando meios para evitar a propagação dessas doenças, além da necessidade de fornecer assistência e acompanhamento com uma equipe capacitada e direcionar apoio as mulheres.