Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
INVISIBILIDADE SEXUAL: PERCEPÇÕES DE IDOSOS SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Relatoria:
Maria Jeny de Sousa Oliveira
Autores:
- LORENA PINHEIRO BRAGA
- ÉRICA RODRIGUES ALEXANDRE
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O aumento da população idosa a nível mundial, é um reflexo das mudanças de hábitos de vida e dos avanços tecnológicos. Nessa perspectiva, os idosos apresentam-se sexualmente mais ativos, o que contribui para a elevação do número de infecções sexualmente transmissíveis nesta faixa etária, fazendo-se necessário sensibilizá-los para prevenção desses agravos através dos serviços de saúde. Objetiva-se analisar à luz da literatura científica as percepções dos idosos sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Trata-se de uma revisão narrativa da literatura realizada no mês de junho de 2022. A busca do material deu-se através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Com o auxílio do operador booleano AND realizou-se o cruzamento dos descritores: saúde do idoso; saúde sexual; e infecções sexualmente transmissíveis, disponibilizando um total de 1.484 referências. Destas, foram incluídos textos disponíveis em língua portuguesa e obedecendo ao recorte temporal de 5 anos, posteriormente, foram excluídos estudos repetidos e que não respondiam ao objetivo da pesquisa, restando nove referências para construção da revisão. Os idosos são a população que menos utilizam preservativos nas relações sexuais, essa baixa adesão relaciona-se com a menor preocupação em relação a reprodução, demonstrando assim, a falta de conhecimento sobre a prevenção de infecções por meio do preservativo. Algumas pesquisas mostram que os idosos sabem que o preservativo previne IST, contudo é identificado a significativa ausência do uso durante as relações sexuais. Observou-se que eles não conseguem listar mais de duas IST, sendo a infecção mais conhecida pelos idosos o HIV/AIDS, onde os mesmos a reconhecem como uma doença sem cura e que mata rapidamente. Muitos longevos descartam qualquer possibilidade de adquirir IST assegurando-se na confiança em seus parceiros(as), logo, por não se considerarem em risco e não terem consciência das complicações das infecções, esse público se encontra em uma constante vulnerabilidade, favorecendo a elevação dos índices de idosos infectados, que podem resultar em repercussões mais severas devido condições clínicas comuns dessa população. Ante o exposto, é imprescindível o planejamento de estratégias em práticas educativas que garantam uma abordagem da sexualidade de forma compreensível para os idosos, e os profissionais de saúde devem buscar o fortalecimento de vínculos para facilitar a oferta de orientações pertinentes.