Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
USO DA COLOSTROTERAPIA EM UM RECÉM-NASCIDO COM OBSTRUÇÃO INTESTINAL EM UTI NEONATAL
Relatoria:
NALMA ALEXANDRA ROCHA DE CARVALHO POTY
Autores:
- MARTA SILVA DE SANTANA
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O colostro é o primeiro leite produzido pela mulher para amamentar o bebê durante os primeiros dias após o parto. Ele é rico em citocinas e agentes imunológicos que conferem proteção contra os agentes patogênicos, ativando a função imunomodulatória contra infecções. A colostroterapia é a utilização de pequenas quantidades de colostro materno cru na mucosa da boca do bebê como uma terapia imunológica, sendo realizada em recém-nascidos (RN) prematuros e de muito baixo peso, mas pode ser feita em qualquer bebê. Objetivos: Relatar a experiência da equipe de enfermagem durante a assistência de um recém-nascidos em processo de investigação de obstrução intestinal. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com base na experiencia vivenciada em janeiro de 2022 em um Hospital de Referência do estado do Maranhão, a partir da assistência de enfermagem a um recém-nascido em processo de investigação de obstrução intestinal, internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), tendo em sua prescrição a colostroterapia na cavidade orofaríngea. Resultados: A experiência relatada permitiu ratificar e dar mais visibilidade à importância da aplicação da prática da colostroterapia em recém-nascidos na UTIN, mesmo se possuir alguma patologia no trato gastrointestinal, como obstrução intestinal. Como os recém-nascidos em terapia intensiva nem sempre podem receber alimentação enteral nos primeiros dias de vida pós-natal, ficando impossibilitados de sucção no seio materno e expostos a processos infecciosos, o que muitas vezes são causas importantes de óbitos, logo, a equipe de enfermagem, a partir da colostroterapia pode identificar que, dentre os inúmeros benefícios, ele pode ser utilizado em RN em dieta zero, como no caso em questão, pois o colostro possui alto teor de anticorpos, que protegem o bebê contra microorganismos causadores de infecções, diminuindo o risco de óbito. Conclusões: Os recém-nascidos estão vulneráveis a infecções, devido ao seu sistema imunodeficiente, nesse sentido a colostroterapia pode ser usada como agente protetor, pois é uma terapia imune que proporciona inúmeros benefícios aos recém-nascidos, devendo ser iniciada logo nas primeiras horas de vida do bebê, especialmente aquele impossibilitado de alimentar-se pela boca. Considerando os efeitos imunológicos estimulados pela colostroterapia, essa prática deve ser cada vez mais aplicada e encorajada dentro da UTIN.