Introdução: No curso do tratamento oncológico há estreita relação do cuidador com a pessoa acometida, ampliando para ambos a percepção de risco e da influência dos comportamentos no desenvolvimento desta doença, aspectos que favorecem a educação em saúde, papel tão interligado com a prática de enfermagem. Entretanto, no Brasil, pouco se sabe sobre a implementação de detecção de câncer de mama para as pacientes e suas cuidadoras. Objetivo: mensurar a frequência e os fatores associados ao exame clínico das mamas e mamograficas em mulheres e em suas cuidadoras, antes da primeira consulta oncológica. Método: estudo transversal no Rio de Janeiro, com 166 mulheres atendidas na primeira consulta oncológica em hospital público no mês de julho de 2015. Segundo critérios do SUS mensurou-se a frequência e associação (p<=0,05) ao rastreio. Resultados: para as 113 (68,7%) pacientes e 53 (31,3%) cuidadoras, contatou-se respectivamente que 63,7% (72) e 28,3% (15) tinham mais de 50 anos de idade, 38,9% (44) e 83% (44) escolaridade igual ou superior ao ensino médio, 42,6% (47) e 36,4% (14) tiveram suas mamas examinadas sendo 80,9% (38) e 57,1% (8) em 2014, realização de mamografia atingiu percentuais de 23,9 (27) e 7,5 (4), predominando a periodicidade anual para 48,1 (13) e 75 (3) das participantes, com associação etária (p=0,006). Conclusão: nos grupos predominou exames em periodicidade anual, frequência de exame clínico superior a da mamografia, atingindo mais as pacientes, realização de mamografia associou-se a idade, entretanto, a cobertura foi inferior aos 70% pactuados no SUS.