Introdução: o objeto desta pesquisa foi o conhecimento de puérperas em pós-parto imediato sobre aleitamento materno. Compreendemos que as mulheres trazem seus saberes, não necessariamente ancorados em conhecimento científico, construídos a partir de diversos contextos. Objetivos: o objetivo geral foi compreender os discursos de puérperas, em pós-parto imediato, sobre seus conhecimentos acerca do aleitamento. Metodologia: este é um estudo que possui abordagem qualitativa utilizando a Análise de Conteúdo como método a luz de Laurence Bardin. O cenário do estudo foi um Instituto de referência no cuidado a mulher localizado no Rio de Janeiro (RJ), no setor de Alojamento Conjunto. A pesquisa foi aprovada pelo CEP do Instituto Nacional de Saúde da mulher, da criança e do adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz - IFF/FIOCRUZ - RJ, parecer nº 3.900.920, CAEE nº 28262720.9.0000.5269. A coleta dos dados se deu em dois momentos, com base na entrevista semidiretiva e no acesso a documentos. Os riscos e benefícios foram explicitados no TCLE e explicados pela pesquisadora no ato do convite a participação. Resultados: Foram entrevistadas 22 puérperas e ao longo da coleta de dados foi feito uma tabulação das unidades de registro alocando em tabelas os tipos de enunciados que apareceram ao decorrer das entrevistas e a repetição deste, evidenciando assim a saturação teórica. Foi possível observar através dos enunciados, e correlacionando-os com o objeto e o objetivo da pesquisa, três grandes apontamentos: lugar onde o conhecimento é ofertado e/ou buscado, o conteúdo abordado, e a forma que o conteúdo foi abordado (palestras, orientações e mídia digital). Considerações Finais: As puérperas apontam, a partir dos seus discursos, para conhecimentos sobre a amamentação, incluindo os benefícios para o bebê. Contudo, revelam que este conhecimento é permeado por mitos. Há um misto entre saberes populares e informações protocolares, a luz das recomendações do Ministério da Saúde. Cabe aos profissionais de saúde realizar uma escuta ativa e sensível, compreendendo as necessidades da mulher e ponderando sobre o que julgam, clinicamente, que elas devem conhecer ou ressignificar.