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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
ATENDIMENTO HUMANIZADO NA COLETA DE PREVENTIVO, É POSSÍVEL?
Relatoria:
NICOLLY BEATRIZ HACHBARDT
Autores:
  • Juliana Cristina de Mello Reis
  • Marcela Yasmin Ferreira dos Santos
  • Lhays Emilly da Silva Moraes
  • Daniela Biguetti Martins Lopes
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Medo, vergonha da exposição corporal, falta de orientação, preconceitos, tabus e outros sentimentos são parte dos citados por autores sobre a vivência das usuárias durante as consultas ginecológicas para coleta de preventivo, o que acaba resultando em momentos traumatizantes e numa menor adesão ao exame. O Ministério da Saúde recomenda que o exame em questão seja realizado por toda mulher entre 25 e 59 anos que tem ou teve vida sexual ativa, diante disso é possível saber que a população alvo para coleta deste exame é imensa o que evidencia a necessidade de buscar estratégias que tornem tal atendimento o mais acolhedor, humanizado e menos traumatizante possível. O presente estudo busca relatar a experiência vivenciada no atendimento ginecológico para coleta de preventivo de forma acolhedora e humanizada. Trata-se de um relato de experiência, construído a partir de vivências proporcionadas no primeiro ano de residência em Enfermagem Obstétrica da Universidade Estadual de Londrina entre março de 2021 e fevereiro de 2022. Após os primeiros atendimentos para coleta de preventivo realizados o que a literatura trás confirmou-se, tornaram-se nítidas as dificuldades enfrentadas pelas pacientes, era comum que apresentassem quadros de ansiedade, medo, sudorese, que se portassem de forma defensiva, pouco comunicativas e até mesmo com crise hipertensiva antes de adentrar ao consultório. Também, se pode observar a normalização do exame como algo doloroso. Diante disso tornou-se necessário buscar estratégias que pudessem ser aplicadas na UBS para tornar o atendimento mais agradável, para tal, a consulta passou a ser algo menos engessado, buscando inicialmente criar vínculo, apresentar-se, conhecer a paciente, medos, experiências, dúvidas, explicar como o procedimento é realizado, oferecer o máximo de privacidade, pedir autorização para realizar a coleta, oferecer autonomia para a paciente, colocar no ambiente música caso a usuária estivesse de acordo, respeitar o tempo e o limiar de dor, bem como compreender quando a paciente optava pelo o silêncio ou pouca comunicação. Estratégias de cuidado de baixa complexidade que somente tornam a consulta pouco mais longa tem efeitos observados antes mesmo do término da coleta, após criar vínculo, esclarecer o procedimento e escutar a paciente, ela torna-se mais comunicativa, segura, tranquila e menos tensa para a coleta do exame, tornando a experiência menos dolorosa e/ou traumatizante.