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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
RELATOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DIABETES MELLITUS DURANTE O PERÍODO ESCOLAR
Relatoria:
Gabriel Muniz Amorim
Autores:
  • Dandara Luna Teixeira Mateus Dourado
  • Emanuelle Barroso Lopes
  • Guilherme Soares Campos
  • Julia Maria Mota Lins Torres
  • Sara Cortes da Silva Souza
  • Marcela dos Santos Ferreira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Dentre as diversas doenças que acometem as crianças e os adolescentes, a diabetes mellitus (DM) é uma patologia que se diferencia pela sua presença e complicações em longo prazo. Ao afetar uma parcela da população jovem, a DM interfere em várias etapas do desenvolvimento individual e social, como as referentes ao crescimento, amadurecimento cognitivo, familiar e escolar. Objetivo: Analisar os relatos das vivências de crianças e adolescentes que têm Diabetes Mellitus no ambiente escolar. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter exploratório e de cunho quali-quantitativo ocorrido em 2021. Os participantes da pesquisa foram usuários de insulina que frequentam ou frequentaram instituições escolares. Foi usado questionário on-line com questões abertas e fechadas sobre as vivências no período escolar. Em relação aos aspectos éticos, todos os preceitos éticos requeridos para estudos científicos realizados com seres humanos foram respeitados. Resultados: Dentre os dados coletados, 63,81% (n=67) dos entrevistados alegam que suas relações sociais no ambiente escolar não mudaram por causa da patologia. Em contrapartida, 36,19% (n=38) dos respondentes confirmam que suas convivências e experiências escolares foram modificadas. Da parcela que declara ser afetada, 47,4% (n=18) da amostra relatam que essa mudança de comportamento foi de maneira positiva, enquanto 52,6% (n=20) informam que esse acometimento ocorreu de forma negativa. As informações colhidas que denotam uma alteração positiva está baseada em preocupações e prestatividade de terceiros em relação à pessoa que possui a doença, ao passo que as verificações negativas se mostram através de preconceito, bullying, exclusão, piadas e interpretações errôneas acerca da patologia, além do desconhecimento e da ignorância ao que se refere à DM. Conclusão: Nota-se que a maior parte dos jovens não reconhecem possíveis mudanças de comportamento dos outros estudantes em razão das manifestações e adversidades da doença. Entretanto, uma quantidade relevante de pessoas declaram modificações no trato social. Por um lado, aqueles que afirmam ter transformações positivas nas relações sociais relatam que foram alvos de preocupações das outras pessoas. Apesar disso, a maioria dos respondentes que indicam notar alteração nas relações interpessoais sinalizam que esse processo foi dado de forma negativa, com a presença de discriminação e negligência.