A Reforma Psiquiátrica no Brasil foi um processo contemporâneo que surgiu em meio ao “movimento sanitário”, nos anos 70, em favor da mudança dos modelos de atenção e gestão nas práticas de saúde. Este estudo descreve o processo de implantação dos componentes da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no município de Rio Branco – ACRE, por meio de relatos de experiência do enfermeiro de referência especializada da Área Técnica de Saúde Mental (ATSM) na gestão de processos de estruturação da RAPS. Este movimento de implantação dos serviços da linha cuidado da saúde mental na capital deu início em 2012, com a implantação da Unidade de Acolhimento Adulto e da Equipe Consultório na Rua (eCR). Em 2018 foi implantado o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II SAMAÚMA. Foi um movimento com constantes desafios e avanços no processo de implantação do primeiro Centro de Atenção Psicossocial da capital que acompanha pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Um serviço de atenção a saúde mental fundamental para a estruturação da RAPS e a Reforma Psiquiátrica, que veio de um modelo centrado no hospital e na doença. Os objetivos é contribuir com a Reforma Psiquiátrica e no processo de estruturação dos pontos da Rede de Atenção Psicossocial e discutir as experiências na atuação na gestão de processos de ampliação do acesso a linha de cuidado da saúde mental. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. O cenário do estudo foi a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do município de Rio Branco – ACRE. O relato de experiência, foi baseado na atuação e nos desafios do enfermeiro de referência especializada da Área Técnica de Saúde Mental (ATSM) municipal, na gestão dos processos de implantação dos dispositivos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A experiência profissional do enfermeiro no apoio técnico especializado na implantação de serviços de atenção à saúde mental, no município de Rio Branco – ACRE, foi um processo de aprendizado, reflexão e militância da luta antimanicomial. É preocupante os movimentos de retrocesso nacional contra a reforma psiquiátrica, um dos pontos que dificultam a atuação da gestão municipal no processo de habilitação dos dispositivos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Conclusão, esse cenário de construção inicial vivo, existencial, possibilitou vivências no processo de ampliação da atenção à saúde mental no território e em pontos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), atuando de forma integrada.