A pandemia da COVID-19 é uma doença infecciosa, causada pelo SARS-CoV-2, que vem gerando impactos na população mundial, sendo para as gestantes, impactos mais severos, devido a vulnerabilidade fisiológica, psicológica e social, decorrente do período gestacional. Com isso, os profissionais de saúde, ao cuidar de gestantes, ficam susceptíveis a vivenciarem conflitos e dilemas éticos, sendo que o conflito emerge entre discordância de duas pessoas diante de uma situação, enquanto que o dilema ético, ocorre diante de situação em que o profissional fica em dúvida qual decisão tomar entre duas opções que se apresentam. Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório que objetiva conhecer os conflitos e dilemas éticos vividos pelos profissionais de saúde no cuidado às gestantes diante a pandemia da COVID-19 e descrever como os profissionais previnem e tomam as decisões diante os conflitos e dilemas éticos ao cuidar de gestantes na pandemia. Estudo foi realizado em hospital especializado em saúde da mulher do interior da Bahia, que contou com a participação de nove profissionais de saúde, dentre eles, Enfermeiras, Técnicas em Enfermagem, Médicos, Psicóloga e Fisioterapeuta. O projeto foi apreciado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Feira de Santana, parecer nº 2.277.332. A coleta de dados foi realizada em janeiro de 2022, por meio de entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados utilizado a análise de conteúdo proposta por Bardin. Emergiram três categorias empíricas, sendo elas: Vivência de conflito/dilema ético no cuidado de gestantes diante a pandemia da COVID-19; Tomada de decisões diante aos conflitos e dilemas éticos no cuidado as gestantes e Prevenção de conflitos e dilemas éticos no cuidado às gestantes diante a pandemia da COVID-19. Os resultados demonstram que os profissionais de saúde vivenciam conflitos e dilemas éticos principalmente na discriminação e negação no atendimento de gestantes com suspeita de COVID-19; despreparo profissional para cuidar da gestante adoecida e descumprimento da lei do acompanhante. Quanto a tomada de decisão e prevenção deve-se realizar atitude ética e humanizada, comunicação da equipe e uso de protocolos. Conclui-se que existe a necessidade de atualização e capacitação da equipe de saúde para cuidar de gestantes em período pandêmico com qualidade, ética e humanização.