INTRODUÇÃO: A pandemia pela COVID-19 impactou, significativamente, o cotidiano da população brasileira, desde a sua chegada no país, em 2020. Diante deste cenário, destacam-se as implicações na saúde mental; sobretudo, dos profissionais de saúde que estão expostos, diariamente, em suas atividades laborais. Dentre esses profissionais, ressalta-se a Enfermagem, considerado o maior contingente de profissionais da área de saúde, que atua diretamente no cuidado aos pacientes acometidos pela COVID-19. Esta afirmativa torna-se uma prerrogativa para a importância em investigar as implicações psicológicas destes profissionais, perante à sua rotina de cuidados gerados pela COVID-19. OBJETIVOS: Investigar o conhecimento dos enfermeiros que atuaram em UTI, sobre a nova demanda de procedimentos intensivos ao paciente COVID-19. MÉTODO: Este trabalho é um recorte de uma pesquisa qualitativa de iniciação científica, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Participaram do estudo oito (08) enfermeiros que prestaram assistência intensiva aos pacientes com COVID-19, em um hospital universitário na capital paraibana. Os dados empíricos foram coletados entre janeiro à abril de 2022, a partir de uma entrevista semi-estruturada guiada por um instrumento produzido pelas pesquisadoras e com o auxílio de um diário de campo. A análise dos dados foi realizada por meio da Análise de Conteúdo Temática de Bardin. Esse estudo teve sua aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com nº de CAAE 4.826.775 e parecer 4.854.934. RESULTADOS: Ao analisar os dados, identificou-se discursos que referem o desgaste psicológico gerado pela assistência à pacientes acometidos pela COVID-19, em estado crítico. Esse desgaste foi exemplificado pela fala de alguns participantes, entre eles, destacam-se:" [...] eu não me sentia preparada psicologicamente" e “[...] sempre aquela angústia, de medo de pegar a doença”. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo evidenciam o desgaste psicológico que os profissionais de enfermagem que atuam em UTI vivenciam ao prestar cuidados aos pacientes com COVID-19. Esta situação psicológica é prejudicial não apenas para o bem-estar dos profissionais, mas também, pela capacidade de interferir na qualidade da assistência ofertada ao paciente.