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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
Caracterização dos casos prováveis de dengue no Estado do Paraná (2013 - 2021)
Relatoria:
Ana Caroline Carvalho
Autores:
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A dengue constitui-se de uma arbovirose de grande importância para saúde pública. Objetivo: Caracterizar os casos prováveis de dengue notificados no Estado do Paraná. Metodologia: Estudo descritivo de abordagem quantitativa realizado com base na coleta de dados secundários no Departamento de Informática do SUS, relacionados aos casos prováveis de dengue notificados no estado do Paraná, perfazendo a série histórica de 2013 a 2021, analisados por meio de estatística básica. Resultados: Foram notificados no período analisado 480.850 casos prováveis de dengue, dos quais 54,84% (263.699) foram notificados durante o ano de 2020. Observou-se que o número de casos notificados no ano de 2021, representou um total 591 vezes maior comparado ao início da série histórica (n=62). As três Regionais de Saúde (RS) com o maior número de casos do estado foram a 17ª RS de Londrina com 26,20% (n= 125.772) do total de casos, seguida da 15ª RS de Maringá com 13,60% (n=65.295) e a 9ª RS de Foz do Iguaçu com 11,93% (n=57.270). Dos casos notificados 67,97% (n=326.838) eram indivíduos autodeclarados brancos, 19,01% (n=91.451) pardos, 64,29% (n=309.204) tinham entre 20 e 59 anos de idade, 55,93% (n=268.971) eram do sexo feminino, das quais 4.654 eram gestantes. Houve necessidade de hospitalização em apenas 3,64% (n=17.506) dos casos. Os exames histológicos, sorologia Elisa e de isolamento viral na maioria dos casos não foi realizado, ou tiveram o campo da ficha de notificação deixado em branco ou assinalado como ignorado. Em 97,52% (n=468.957) o campo sorotipo do caso provável de dengue foi deixado em branco ou marcado como ignorado, dentre os casos preenchidos prevaleceram o DEN 2 e 1, com respectivamente 1,23% (n=5.951) e 1,14% (n=5.513). No que se refere ao critério confirmatório em 52,21% (n=251.053) foi clínico epidemiológico e 36,75% (n=176.754) laboratorial. Quanto ao desfecho dos casos 85,90% (n= 413.091) evoluíram para cura, 0,07% (n=358) óbito pelo agravo notificado e 0,02% (n=358) óbito por outra causa. Conclusão: Observa-se um aumento significativo e alarmante nos casos prováveis de dengue durante o período analisado, contudo, destaca-se um número importante de variáveis deixadas em branco ou assinaladas como ignorado dificultando a caracterização epidemiológica do agravo. Por fim, ressalta-se a importância do levantamento e conhecimento da situação epidemiológica para o estabelecimento de ações de promoção e prevenção eficazes no combate desta arbovirose.