O trabalho ocupa um lugar de destaque na vida da mulher e do homem, pois toda atividade humana transforma o meio e produz algo novo. A enfermagem é uma categoria estratégica para os serviços de saúde. O absenteísmo é o não comparecimento ao local de trabalho, podendo acontecer por decisão do profissional ou por incapacidade de estar presente. A ausência dos trabalhadores da enfermagem causa diversos impactos nos serviços de saúde, bem como na saúde da população. O objetivo geral deste estudo foi analisar o fenômeno do absenteísmo na equipe de enfermagem que atua na Atenção Primária à Saúde na Regional Venda Nova em Belo Horizonte no período de 2019 a 2020. Trata-se de um estudo de caso com abordagem qualitativa. Para a coleta de dados foi realizada entrevista através de plataforma on-line, utilizando-se um roteiro semi-estruturado contemplando dados sobre idade, sexo, profissão, escolaridade, absenteísmo no período de 2019 a 2020, e demais questões relacionadas ao trabalho. Nas respostas das entrevistas os profissionais apontaram que os seguintes fatores contribuem para absenteísmo; sobrecarga de trabalho, pressão, desvalorização salarial e social da profissão, tensionamentos com os usuários devido à falhas no sitema, falta de ergonomia no ambiente laboral, dentre outros. Os dados das entrevistas gravadas, foram transcritas na integra e analisados com a técnica de análise de conteúdo de Bardin. A discussão dos resultados foi organizada por quatro grupos categoricos tematicos, sendo eles: Sobrecarga de trabalho e processos de desgastes na enfermagem; absenteísmo dos trabalhadores da enfermagem; absenteísmo e os impactos na qualidade da assistência; desvalorização e falta de reconhecimento da enfermagem. O estudo sinaliza que o absenteísmo é uma realidade entre os profissionais da enfermagem que atuam na Atenção Primária à Saúde na Regional Venda Nova de Belo Horizonte. E o fenômeno relaciona-se com questões individuais dos trabalhadores, mas principalmente com a organização dos processos de trabalho nas UBS e com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, instituição na qual foi realizado o estudo.