Estudos apontam que pelo menos 33,33% da população portadora da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) não conhece sua condição clínica. Em muitas situações, o diagnóstico só é obtido como consequência da complicação de uma segunda doença (MENEZES, 2020; PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE, 2019). Este artigo estuda os indicadores de doentes portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) dentro do Programa Hiperdia da Saúde da Família, na Unidade Básica de Saúde (UBS) em Jardim Marilândia, município de Vila Velha - ES, região com 4.470 famílias cadastradas em 2022, de acordo com o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC). Em que pese ainda não terem sido consolidadas todas as informações das fichas de cadastro pela equipe para se realizar um diagnóstico de saúde mais preciso, os indicadores já traçam um panorama preliminar da doença nessa população. Com o objetivo de: analisar por meio do Programa Hiperdia, como acontece o diagnóstico e o acompanhamento de pacientes hipertensos na mesma UBS de Jardim Marilândia, Vila Velha – ES. Utilizamos a metodologia através da aplicação do método de escore de Framingham, que classifica os indivíduos por meio da pontuação em graus de risco cardiovascular e auxilia na definição de condutas. Foram encontrados os seguintes resultados: o cenário atual da UBS demonstra que a disponibilidade de serviços de saúde não é efetiva na região, devido à ausência na equipe de profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Assim, a meta pactuada de pessoas aferidas no município, 50% não tem sido alcançada. Hoje a Unidade básica de Jardim Marilândia atinge 11% apenas, o programa de Hiperdia encontra-se fragilizado devido à falta de atualização dos dados e preenchimento das fichas de cadastro de usuários hipertensos no território. Como considerações finais ressaltamos que a falta de coleta de dados consolidados para o fechamento dos índices territoriais e o grande número de hipertensos não detectados pelo rastreamento implica na necessidade de uma rede organizada que atenda à população, analisando-se as particularidades em relação ao problema diagnóstico dos hipertensos assistidos nessa UBS e, a partir dessa constatação, implementar um planejamento de ações, definir prioridades, sempre se baseando na realidade do serviço na qual, muitas vezes, trabalha-se com populações de perfil socioeconômico e sanitário distintos.