Introdução: O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil promove a vacinação gratuita de mais de 15 imunógenos e está cada vez mais complexo, tanto pelo aumento do número de vacinas fornecidas quanto pela diversificação de esquemas vacinais, sendo dois dos públicos prioritários, gestantes e crianças ainda na primeira infância. Embora seja uma das grandes conquistas do SUS, e uma das estratégias de maior eficácia no mundo, tanto o PNI quanto o ato de vacinar em si sofrem constantes ataques e críticas no país nos dias de hoje. Objetivo: Analisar o cenário atual da vacinação de gestantes e crianças na primeira infância no Brasil. Método: O trabalho trata-se de uma revisão, utilizando artigos encontrados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo a base de dados usada a Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Os descritores em ciências da saúde (DeCS) empregados foram: Infância, Vacinação e Gestantes. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, em português e que abordassem o tema. O período foi de 2015 a 2021. Após a filtragem, foram obtidos 05 artigos dos quais foram coletadas as informações. Resultados: Desde o ano de 2016, nota-se uma queda brusca nos números de crianças vacinadas ainda na primeira infância, sendo as vacinas mais afetadas a do sarampo, a penta e a da influenza, devido aos baixos números, o Brasil não só deixou de atingir a meta, como também perdeu o certificado de livre de algumas doenças imunopreveníveis. Dentre as gestantes, o número também não é dos melhores, segundo dados da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), a vacinação com a Dtpa, que é uma das vacinas mais importantes aplicados durante a gravidez foi a mais afetada pela baixa procura, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Dentre os principais obstáculos da vacinação no Brasil do século XXI, a disseminação de Fake News e ação dos grupos anti-vacinas tem sido uma preocupação constante para SBIm, sendo notório os esforços dos meios fiscalizadores contra esses grupos durante a pandemia, além da ampla de divulgação dos locais de vacinação e ampliação do calendário vacinal nas unidades básicas de saúde. Considerações finais: Nota-se uma constante luta do PNI para manter os índices vacinais dentro das metas estipuladas pela OMS para esses grupos, e que apesar de todos os obstáculos impostos pela pandemia, ainda mantém o seu prestígio dentre as estratégias de saúde pública mais bem executadas no mundo atual.