Introdução: Sabe-se que alguns dos marcos de desenvolvimento do bebê em seus primeiros meses de vida dizem respeito ao controle sobre pescoço e cabeça, com movimentos de virar o rosto para os lados, levantar o queixo e outros movimentos voluntários; ao ato de sorrir; de reconhecer pessoas presentes em seu cotidiano; ao fortalecimento da coluna, entre outros. No entanto, quando esse bebê necessita de hospitalização, quando internado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn), sendo submetido a diversas situações estressoras e dolorosas, esse desenvolvimento pode se dar de forma diferente. Estas crianças podem diferir das demais em relação ao tônus muscular, aos reflexos primitivos e reações posturais, principalmente nos primeiros meses de vida. Objetivos: Descrever a experiência de residentes da equipe multiprofissional, com ênfase em Neonatologia, em um projeto de Educação em Saúde para mulheres puérperas. Metodologia: Relato de experiência realizado no Acolhimento Materno de um hospital de referência estadual em Obstetrícia e Neonatologia, na cidade de Fortaleza/Ce. Durante a intervenção da equipe, foram oferecidos esclarecimentos sobre a definição do desenvolvimento infantil, em especial, nos três primeiros meses de vida do bebê, destacando-se as diferenças quanto à idade cronológica e à idade corrigida, e sobre a importância da estimulação precoce, como a adoção do posicionamento ventral supervisionado, ressaltando-se os benefícios e as precauções. Ao final das intervenções, favoreceu-se um momento de acolhimento dos sentimentos e receios das puérperas, tendo sido ressaltada ainda a importância do acompanhamento ambulatorial desses bebês após a alta hospitalar. Resultados: As orientações a respeito do desenvolvimento infantil oferecidas pela equipe multiprofissional possibilitaram o fortalecimento do manejo na experiência de maternagem das puérperas, que ainda relataram sensação de maior segurança quanto ao momento de alta hospitalar. Conclusão: Através de intervenções com foco em Educação em Saúde fomentamos a capacidade de participação e diálogo entre essas mulheres, contribuindo para autonomia destas no processo de cuidar e favorecendo desfechos favoráveis no desenvolvimento infantil desses bebês. Nessa perspectiva, avalia-se que o trabalho da residência multiprofissional caminha na direção de uma clínica ampliada e atenta às distintas dimensões do ser humano.