Anais - 24º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE DO PERFIL DA MORTALIDADE POR AIDS EM JOVENS PARAENSES, NO PERÍODO DE 2007 A 2018.
Relatoria:
Wanne Letícia Santos Freitas
Autores:
- Iaron Leal Seabra
- Wenia Gilmara da Silva
- Cleyslla Conde Botelho
- Leonardo de Paula Vieira Martinez
- Ivaneide Maria Oliveira dos Passos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologias e comunicação na formação de enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Apesar dos avanços das últimas décadas, a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) configura-se como um grave problema de saúde pública mundial. Entre a população com maiores taxas de mortalidade destaca-se a de adolescentes e adultos jovens (ASSIS, 2015; COSTA,2019). Revelação diagnóstica a terceiros, exclusão social, o fardo psicológico da doença ser associada à morte são as principais dificuldades encontradas pelos jovens vivendo com HIV. Objetivo: Analisar o perfil da mortalidade por Aids, em adolescentes e adultos jovens no Estado do Pará, de 2007 a 2018. Metodologia: Estudo transversal de abordagem quantitativa realizado através de dados do sistema de informação sobre mortalidade (SIM), com a população de
adolescentes e adultos jovens (15 a 24 anos) registrados, no período de 2007 a 2018, no Estado do Pará. Resultados Foram registrados 491 óbitos, dentro da faixa etária, sendo que 314 (63,9%) eram do sexo masculino e 177 (36,1%) feminino. No período de 2007 a 2018 o maior número de casos registrado foi no ano de 2018 com 12,2 e 2014 com 10,9%, em relação à raça/cor autodeclarada a cor parda foi mais prevalente com 75,1%, seguido de cor branca 17,1 %. Quanto à escolaridade o ensino fundamental com 66,3% e o ensino médio com 20,1% foram mais prevalentes. Quanto ao estado civil 84,5% eram solteiros. Dos 144 municípios no estado do Pará, a capital, Belém, é o município com mais casos registrados na faixa etária com 38,6% casos, já o município de Ananindeua, que também está localizado na região metropolitana corresponde a 9,1% dos casos. Conclusão: o estudo demonstrou que homens, pardos, solteiros, com apenas 8 anos de estudo estão mais vulneráveis a agravos da Aids. A elevadas taxas de óbitos no sexo masculino está relacionada a dificuldade da realização do exame para o diagnostico, início de tratamento tardiamente e a negação do mesmo. As condições econômicas e sociais da população, interferem diretamente nas condições de saúde. A incidência da infecção está associada ao grau de formação e comportamento de risco. O estudo aponta para maior disseminação do HIV entre indivíduos pardos e solteiros de baixa escolaridade. As razões por trás desse fenômeno, corresponde ao baixo nível de compreensão das medidas de prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis , além de que a menor escolaridade é resultado de piores condições de renda e limitação do acesso aos serviços básicos de saúde.