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Anais - 24º CBCENF

Resumo

Título:
CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICAS DE GESTANTES HIPERTENSAS
Relatoria:
Bruna Barroso de Freitas
Autores:
  • Caroline Bessa da Silva
  • Ivyna Pires Gadelha
  • Priscila de Souza Aquino
  • Samila Gomes Ribeiro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação das práticas de cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A hipertensão é uma circunstância multifatorial que, quando instalada na gestação, a caracteriza como de alto risco, podendo ocasionar a morte materno-fetal, caso não tratada. É, também, a principal causa dos nascimentos prematuros no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Diante disso, é relevante conhecer o perfil dessas mulheres, identificando essas variáveis na população de grávidas. Logo, objetiva-se realizar a caracterização sociodemográfica de gestantes hipertensas. Estudo quantitativo, transversal, realizado com 76 gestantes hipertensas do pré-natal de alto risco da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, realizado de agosto a novembro de 2018. Os critérios de inclusão envolveram todas as gestantes com diagnóstico confirmado de alto risco gestacional, gestantes em surto psicótico ou portadoras de deficiências que a impedissem de responder à pesquisa foram excluídas. A coleta de dados envolveu um instrumento estruturado incluindo dados sociodemográficos. Os prontuários foram consultados para a confirmação do diagnóstico. Os dados foram compilados no Excel. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da maternidade, conforme a Resolução no 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que se refere às pesquisas envolvendo seres humanos, sob o Parecer no 3.361.647/2019. Dentre as gestantes hipertensas, 53 (69,7%) tinham entre 15 a 35 anos, 23 (30,2%) tinham idade maior que 35 anos, 63 (82,8%) eram casadas ou estavam em união estável, 58 (76,3%) tinham 10 anos ou mais anos de estudo, 72 (94,7%) possuíam renda maior que R$ 954,00, 44 (57,8%) eram naturais de Fortaleza e 64 (84,2%) residiam em Fortaleza. A maioria 66 (86,8%) declarou ter religião, 61 (80,2%) declararam ser pardas, 46 (60,5%) residiam com filho e 62 (81,5%) residiam com companheiro. Dentre as variáveis apresentadas, predominam as mulheres casadas ou com união estável e religiosas, podendo configurar um melhor enfrentamento à doença. Com relação à cor/raça, identificou-se a predominância de gestantes pardas, em consonância com outros estudos que também mostraram uma maior inclinação desse grupo à hipertensão arterial. À vista disso, o conhecimento do perfil sociodemográfico de gestantes hipertensas é imprescindível para que os profissionais destinem as intervenções necessárias, prevenindo maiores complicações e garantindo um acompanhamento de qualidade e adequado à gestante.