A sepse é definida como uma síndrome infecciosa sistêmica que causa uma desordem orgânica capaz de gerar danos irreversíveis e morte. Anualmente, cerca de 47 milhões de pessoas são atingidas por sepse no mundo, sendo responsável pela maior taxa de mortalidade até os dias atuais. Dito isto, a equipe de enfermagem deve se atentar quanto aos sinais e sintomas para possibilitar a sua identificação precoce e minimizar os efeitos adversos gerados por ela. Revisão da literatura realizada em junho de 2022, as bases de dados selecionadas foram LILACS, BDENF, MEDLINE acessadas via Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), através da ferramenta de busca avançada. Foram utilizados os DesCs: Cuidados de Enfermagem; Sepse; Unidades de Terapia Intensiva, combinados utilizando o operador booleano AND, resultando em 50 referências. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão como texto completo disponível e leitura na íntegra, obteve-se uma amostra de 6 artigos. O reconhecimento precoce da sepse é realizado através de exames laboratoriais e dos sinais clínicos clássicos tais como febre, pele seca, edema generalizado e presença de lesões na mucosa oral. Além disso, a identificação de fatores de risco para o desenvolvimento de sepse são de suma importância para adoção de métodos preventivos como idosos, presença de comorbidades, imunossuprimidos, quebra da técnica asséptica e uso de dispositivos invasivos. O diagnóstico precoce é um ponto crucial para um bom prognóstico, permitindo o início da intervenção imediata visando a melhora clínica do quadro. As principais intervenções realizadas frente aos casos de sepse são: antibioticoterapia adequada, reposição da volemia, suporte ventilatório, administração de anticoagulantes e vasopressores, controle glicêmico e nutricional. Outrossim, escalas podem ser aplicadas para a avaliação da amplitude e prognóstico da sepse como a Acute Physiologic Chronic Health Evaluation (APACHE II) e Sequential Organ Failure Assessment (SOFA). Os dados evidenciaram a importância da implementação de estratégias voltadas para a identificação precoce de pacientes com sepse por parte da equipe de enfermagem, aumentando assim as chances de sobrevivência e evitando a evolução e agravamento da síndrome. Ademais, a aplicação do processo de enfermagem através de intervenções e monitoramento da efetividade do cuidado com intuito de minimizar os danos e riscos prevalentes da sepse, possibilitando alta das unidades de cuidados críticos.