Introdução: A atual pandemia de COVID-19 já provocou milhões de mortes, apresentando-se como um estressor global em nível populacional que continua a influenciar a forma como as pessoas vivem, a saúde da mulher faz parte dos diferentes cenários em que o vírus tem impactado, além dos efeitos biológicos de uma infecção o impacto da pandemia em andamento sobre problemas de saúde mental e comportamento sexual pode afetar a reprodução e mudanças no ciclo menstrual. Objetivo: Avaliar a correlação entre infecção por SARS-CoV-2 e alterações do ciclo menstrual. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática da literatura de caráter qualitativo, a qual foi realizada nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS, através dos termos de pesquisa COVID-19, hormonal changes in women e changes in the menstrual cycle. Incluindo estudos disponíveis gratuitamente na íntegra e em língua inglesa, portuguesa ou espanhola publicados num intervalo de 2020 a 2022 período em que a COVID-19 ascendeu e ganhou destaque. Foram excluídos os portarias, editoriais, artigos de opinião, bem como resumos de seminários, congressos, cursos e aqueles que não atendia ao objetivo do estudo. Oitenta e dois artigos foram identificados e selecionados nos níveis de título e resumo, sendo 4 estudos incluídos na revisão. Resultados: Os resultados dos estudos indicam alterações no volume e duração do ciclo menstrual como consequências da infecção por SARS-CoV-2. Com base nas alterações de volume e duração do ciclo menstrual, conjectura-se que o SARS-CoV-2 exerce uma interação no eixo hipotálamo-hipófise-ovário-endométrio por meio da glândula hipófise, o que ocasiona uma alteração anormal nas concentrações hormonais de FSH, LH, estradiol e progesterona, que regulam os padrões menstruais. Um estudo apontou também que alterações mentais decorrente da infecção e o subsequente isolamento, são alto o suficiente para afetar as características do ciclo menstrual em mulheres. Conclusão: Em suma, alterações anormais transitórias na menstruação, juntamente com alterações na concentração hormonal foram observadas em pacientes, contudo não há evidências para apoiar que essas alterações provoquem um comprometimento substancial da fertilidade em pacientes do sexo feminino. Dessa forma, há uma necessidade de estudos futuros levando em consideração todos aspectos subjacentes que envolvem o ciclo menstrual, tais alterações mentais como estresse e ansiedade, alterações patológicas ou uso de medicações.