Introdução: A dor envolve componentes físicos, emocionais e cognitivos, interferindo negativamente nos relacionamentos interpessoais e na qualidade de vida do paciente. Objetivo: Avaliar as evidências disponíveis sobre o manejo da dor em pacientes no pós-operatório de neurocirurgia. Método: Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa, utilizando as bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), incluídos artigos, em português, inglês e espanhol, no período de 2012 a 2021. Resultados: Foram localizados 257 artigos, que após a avaliação dos critérios de elegibilidade, resultaram em uma amostra final de cinco artigos. Dentre os resultados, um se trata de estudo de coorte prospectivo, dois do tipo longitudinais e duas revisões integrativas. Os resultados obtidos foram agrupados em duas categorias: fatores que dificultam o manejo e intervenções para o controle da dor. Os fatores que dificultam o manejo estão ligados a desvalorização da dor, desconhecimento sobre técnicas de controle da dor, não realização de analgesia, avaliação inadequada, dificuldade de verbalização por parte de alguns pacientes e o receio de que algumas medicações possam prejudicar os resultados no pós-operatórios e em exames neurológicos. Quanto a categoria intervenções para o manejo da dor, os estudos apresentaram que para a abordagem da dor é necessária uma atuação multiprofissional e que as intervenções psicológicas influenciam positivamente no conforto, também destacaram a prática comum de intervenções farmacológicas e outros fatores que objetivam o alívio da dor como: melhor avaliação da dor, emprego de analgésico multimodal, técnicas de postura, respiração e relaxamento, terapias cognitivas e exercícios supervisionados. Conclusão: Apesar da dor ser frequente nos pacientes em pós-operatório, ainda existe dificuldade na atuação frente à essa condição. A maioria dos casos, refere que a dor é ignorada por parte dos profissionais, porém, é importante destacar que a dor causa limitações, angústia e prejudica significativamente a recuperação do paciente. Sendo assim, o manejo adequado contribui para melhora da funcionalidade e ajuda na recuperação, devendo envolver uma equipe multiprofissional e intervenções conforme a necessidade dos pacientes.